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2 de setembro de 2022

Cid Gomes só entra na campanha estadual no 2º turno

Cid Gomes em sessão presencial no Senado pouco antes de anunciar pedido de licença (Foto: Jefferson Rudy)

O colunista de Politica do jornal O Povo, Eliomar de Lima, publicou em sua coluna que o senador Cid Gomes (PDT) pediu licença, mas não para coordenar a campanha do irmão, Ciro Gomes, que disputa a presidência da República, para "tratar de questões pessoais"

Sobre possível engajamento seu na campanha estadual, o jornalista escreveu que o senador fez questão de dizer que lutou muito para evitar o racha entre PDT e PT, o que "por questões outras" não foi possível. 

"Neste primeiro turno, devo me preservar e não tomo partido e não entro em campanha. Em havendo segundo turno, devo me engajar e tentar reunir as forças hoje apartadas", prometeu o pedetista.

Na última quarta-feira outro especialista em política estadual, Erico Firmo, publicou que na sua volta ao Senado Cid Gomes e emitiu vários recados e que foi a mais importante manifestação pública dele desde o ruidoso fim da aliança entre PDT e PT no Ceará, que implodiu a articulação costurada cuidadosamente pelo hoje senador desde 2004, quando começou a se preparar para virar governador. Até então, Cid falava por tuítes de apoio a Ciro Gomes (PDT) para presidente ou à irmão, Lia Gomes (PDT), para deputada estadual. No retorno presencial ao Congresso, Cid chamou atenção.

Ele relatou duas autorizações de empréstimos para o governo do Ceará, no valor total de 91 milhões de dólares. Ao discursar, fez saudação ao ex-governador Camilo Santana (PT) e à governadora Izolda Cela (sem partido). Esta última se desfiliou do partido dele no fim de julho. Camilo é candidato a senador pela chapa adversária dos pedetistas.

Logo, Cid deixou claro que, no rompimento, ficou do lado de Camilo, certo? Calma. O que ele sinalizou é que não ficou contra o ex-governador. Mas, há mais sinais emitidos por Cid.

Ele reapareceu e apresentou pedido de licença, a partir de segunda-feira, 5, por 121 dias. O significativo é quem assumirá a cadeira. Não será o primeiro suplente, Prisco Bezerra (PDT), mas o segundo suplente, o empresário Júlio Ventura Neto (PDT), o Julinho Ventura. Prisco já havia sido contemplado com alguns meses de mandato, entre dezembro de 2019 e abril de 2020. Agora, Cid abre espaço para o outro suplente. Isso precisaria passar, necessariamente, por entendimento com Prisco. Ele precisou se manifestar e informar ao Senado da impossibilidade de assumir o mandato, para então ocorrer a convocação de Ventura. O senador e o primeiro suplente trataram disso.

Prisco, vale lembrar, é irmão de Roberto Cláudio (PDT) e um dos principais coordenadores da campanha a governador. Até agora, Cid não se manifestou sobre a eleição para governador. Não declarou apoio ao candidato do PDT — é possível que nem o faça. Porém, o movimento para a posse de Ventura mostra que Cid mantém interlocução. Aliás, com os dois lados do rompimento.

Érico ainda lembrou que seu colega Guálter George já havia previsto que ao se manter equidistante, Cid assume uma posição que, quem sabe, poderá permitir a ele ser a pessoa a juntar os cacos da aliança e reunificar a base quando a eleição passar. Isso no caso de o vitorioso sair de PDT ou de PT.

Com informações portal O Povo Online

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