16 de agosto de 2022

Roberto Cláudio no Jogo Político

Roberto Cláudio foi o entrevistado do Jogo Político (Foto: Aurelio Alves)

Em entrevista ao programa Jogo Político, do jornal O POVO, ontem (15/08) o candidato do PDT a governador do Ceará, Roberto Cláudio (PDT), defendeu a sua gestão a frente do Governo Municipal de Fortaleza, criticou adversários e elogiou o candidato a presidente de seu partido, Ciro Gomes, dentre outros temas .

Num primeiro momento, em que falava sobre questionamentos que recebeu do prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT), Roberto Cláudio citou Luizianne, que, segundo ele, deixou a educação da Capital em situação desfavorável.

"Ivo me ajudou a transformar a educação de Fortaleza. É bom lembrar que sucedemos a gestão da ex-prefeita Luizianne Lins, que deixou a educação de Fortaleza em penúltimo lugar no Estado inteiro, sem tempo integral, sem vagas de creche", comentou.

Posteriormente, ao avaliar a atuação da Guarda Municipal de Fortaleza e uma crítica de Elmano às políticas de torres de segurança na Capital, RC destacou ações da sua gestão na área e novamente criticou a gestão de Luizianne, associando Elmano à deputada federal.

"Criamos uma filosofia de presença da Guarda Municipal nos territórios. Coisa que nunca foi feita, muito menos pelas gestões que Elmano representou, que são as gestões da Luizianne. Que na verdade desestruturou os efetivos da Guarda e que não tinha políticas para a GM que não fosse tomar conta do patrimônio público", declarou.

Questionado sobre se a estratégia de vincular Elmano à ex-prefeita seria utilizada durante a campanha pelo Governo do Estado, RC desconversou.

"Foi ocasional. O povo não está ligando para isso. Eu ganhei eleição do Elmano à época em que a Luizianne era prefeita. O que tinha de coisa em andamento e política com virtude, como o Cuca, eu ampliei. Eu que era de oposição, fiz isso. Mas claro, construindo um ciclo novo de ações como fiz aqui. Tratei de deixar marca e legado, sem olhar para trás com malícia e crítica", defendeu.

Confira outros assuntos tratados na entrevista:

Segurança pública

"Podemos olhar exemplos aqui no Estado. Vou dar dois exemplos: a mortalidade infantil e o analfabetismo. O que tinha de comum, além de tratar saúde e educação com múltiplas possibilidades, focou-se em uma meta. Vamos começar por aí, resolver esse assunto ao invés de atirar para todo o lado. Direcionar foco, prioridade, recurso e energia para isso, e é o que quero fazer em relação à segurança. Entender que o esqueleto de onde se origina o crime no Ceará é a presença territorial das facções."

Acquario Ceará

"Se eu fosse governador do Ceará, e tivesse a oportunidade de estar oito anos no exercício do cargo, o Acquario já estaria funcionando. Se eu for governador do Ceará, obras que estão eventualmente paradas ou com dificuldades eu priorizarei terminá-las e essa (o Acquario) é uma delas."

Cid Gomes

"Cid é uma referência para a minha vida pública, meu amigo pessoal. Alguém por quem tenho gratidão, com quem tenho afinidade de pensamentos. Cid ainda não se manifestou sobre sua efetiva participação ou não durante a campanha. Independentemente disso, suas ideias, valores, lições e aprendizados das suas gestões estarão no nosso plano de governo. (...) Claro que gostaria muito de contar com seu apoio, mas independentemente disso as lições e aprendizados do senador e ex-governador Cid Gomes serão muito influentes na construção do nosso plano de governo e na nossa campanha."

Izolda e a "candidatura natural"

"Poderia ser um argumento, se ele tivesse sido apresentado quando se iniciou o processo de discussão das pré-candidaturas em outubro do ano passado. Se havia esse critério e se fosse algo importante e definitivo na escolha do candidato, não deveria haver dinâmica para mobilizar pré-candidaturas do partido ou ouvir lideranças e aliados. Esse argumento só surgiu em junho ou julho, só surgiu quando nossa candidatura começou a ganhar força na pesquisa de opinião."

Relação com Camilo Santana

"Só percebi (que não teria o apoio de Camilo) depois que eu ganhei no diretório. Era natural e legítimo que ele (Camilo), como pessoa física e fora do governo, tivesse uma preferência pessoal e eu entendo isso como algo legítimo. Não me causa nenhum tipo de carência afetiva. Após o diretório, tentei marcar uma conversa com Camilo, mas essa conversa nunca foi agendada. Quando fomos pegos de surpresa, já com o anúncio do nome do próprio Elmano. Acho que o próprio Camilo pode responder melhor sobre isso."

Com informações portal O Povo Online

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