A candidata Érika Amorim foi entrevistada no programa Jogo Político do Jornal O Povo (Foto: Samuel Setubal) |
A candidata Érika Amorim (PSD) afirmou que pretende enfrentar Camilo Santana (PT) na disputa pela vaga ao Senado abraçando a pauta feminina. Segundo a deputada, ela vai buscar sensibilizar as mulheres sobre a importância da participação feminina na política, que mesmo havendo um contexto social que as mulheres têm tido mais visibilidade, ainda há sofrimentos. “São muitas vulnerabilidades, muitas violências e na política não é diferente".
“Esse espaço, quando é ocupado por mulheres, com certeza traz pras mulheres mais condições de liberdade desses sofrimentos, dessas violências, porque elas tem uma mulher lá, protagonista, uma mulher que luta”, disse, em entrevista ao programa Jogo Político nesta segunda-feira, 22.
Para a deputada estadual, a participação da mulher nesses ambientes também pode trazer melhorias "no que tange às leis, nas questões orçamentárias, nas questões que desrespeitam a vida, o cotidiano dela, que enfrenta jornada tripla”.
Érika diz ser necessário dar oportunidade de dizer que as mulheres precisam estar nesses espaços, elas contribuem todos os dias. “Eu costumo dizer isso nas minhas caminhadas, nas minhas falas pras mulheres. Nós mulheres, nós contribuímos”, diz.
A candidata diz querer que as mulheres se enxerguem nela enquanto mulher candidata a senadora para que através da força feminina ela possa ter multiplicado a possibilidade de vencer Camilo, que aparece na liderança da pesquisa Ipespe, com 66% das intenções de voto.
“Eu diria que não é nem o Davi contra o Golias, é uma formiguinha que está iniciando, mas a gente tem a humildade de construir isso com as pessoas. Eu vou pra rua sim, eu vou conversar com as mulheres, eu vou convocar e vou chamar pra que elas me acolham, acolham esse projeto e digam a gente quer uma senadora no Ceará e vai ser de Érika Amorim”, finaliza.
Érika
Amorim diz não ver machismo na decisão do PDT que tirou Izolda da disputa pelo
Governo
Érika Amorim afirmou não perceber machismo na decisão do PDT que definiu o nome de Roberto Cláudio (PDT) para disputar o governo, em vez da atual governadora Izolda Cela. A candidata ao Senado, que tem a pauta de gênero como uma de suas prioridades, disse que houve um entendimento dos integrantes da sigla em escolher o mais apto diante das pesquisas.
“Eu
acredito que o PDT buscou estabelecer, diante do acirramento que foi se
colocando com relação aos nomes, colocar-se de forma mais democrática possível,
estabeleceu ali a oportunidade que todos pudessem votar e escolher o nome que
eles entendiam que estaria mais apto ou que diante das pesquisas, diante de
todo o cenário tivesse maior indicação”, disse em entrevista ao Jogo Político.
Érika diz que o nome do ex-prefeito de Fortaleza foi o escolhido e entende devemos “prezar” por isso, e se houve anteriormente alguma falha no processo, “não cabe a mim, eu não quero fazer nenhum comentário com relação a isso”. E acrescentou: “Mas eu acredito que o PDT estabeleceu de forma democrática a escolha do seu candidato e a gente deve respeitar, sim, essa decisão. E eu entendo que esse candidato é o candidato inclusive mais preparado para ser o governador do nosso Ceará”.
Questionada
se os resultados das pesquisas deveriam embasar mesmo o processo de escolha, se
não deveria ter pesado a questão da proporcionalidade desses espaços ocupados
por mulheres na política, a candidata voltou a mencionar as pesquisas, a quem
considerou como “anseio popular”. “Elas são necessárias, é uma consulta
pública, então elas devem, sim, ser norteadoras. Elas devem ser levadas em
consideração para as escolhas também”, declarou.
Integrante da base aliada de Izolda na Assembleia Legislativa antes de ocorrer o rompimento da aliança, o PSD, sigla de Érika, agora está junto do PDT, rival do PT de Camilo Santana e Elmano Freitas na disputa pelo Palácio da Abolição. No entanto, a deputada não sinalizou se vai aderir a uma postura de oposição a Izolda.
“Eu tenho, na minha conduta de trabalho, buscado sempre apoiar o que eu entendo que é o melhor pra população. Os projetos que chegam à Casa, eu busco sempre me informar bem, saber desses projetos, colaborar se possível com emendas, construir junto ao governo essas colaborações e tudo que vier e que for para o bem do povo cearense o meu dever vai ser de representar”, disse.
Evangélica,
Érika Amorim diz entender movimento religioso dentro da política
A candidata do PSD ao Senado Érika Amorim, afirmou que entende o movimento religioso se misturar na política. Segundo ela, que também é evangélica, as igrejas são compostas por pessoas, logo, cada uma delas tem a sua preferência por determinados candidatos. A fala se deu em reação a declaração do ex-presidente Lula (PT) de que o Estado não deveria ter religião porque o Brasil é um estado laico.
“A igreja é composta por pessoas. Cada um escolhe seus candidatos, e aquele grupo pode ter mais simpatia por um ou por outro”, disse durante entrevista ao Jogo Político nesta segunda-feira, 22. “Mas eu não cresci vendo isso acontecer na minha Igreja Presbiteriana de forma alguma. Nas nossas denominações, vendo os movimentos políticos sendo levados para dentro das igrejas”, emendou.
Érika afirma ter nascido num lar cristão, seu avô era presbítero de uma igreja presbiteriana, além de sua mãe ter sido a primeira mulher presbítera do Ceará. “Na nossa igreja existe um conselho que toma as decisões administrativas e de quem também vai assumir o pastorado da igreja e o nome dessas pessoas são os presbíteros e presbíteras”, explica.
Ela
diz saber que hoje muito se fala nessa inserção das igrejas na política, mas
compreende que esses espaços são formados por pessoas e “hoje muito se
polarizou também com relação as questões de esquerda e de direita. Mas é algo
que pra mim não é algo natural e nem familiar. As nossas igrejas
tradicionalmente não trabalham essas questões dentro dos templos”, finaliza.
Com
informações portal O Povo Online
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