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6 de agosto de 2022

Confira como ficam as chapas formadas para disputar a vaga no Senado Federal pelo Ceará

O empresário Amarílio Macedo, o líder indígena Paulo Anacé e a advogada
Kamila Cardoso disputarão com Camilo a vaga no Senado
 (Foto: Reprodução/Twitter)

A disputada para a única vaga do Ceará para o Senado Federal parece que não será tão morna como apresentava as lideranças governistas no final do mês passado ao anunciarem o nome do ex-governador Camilo Santana como candidato do PT com apoio de Lula.

Ontem (05/07) o PSDB no Ceará realizou convenção estadual e definiu o apoio da federação PSDB/Cidadania à candidatura de Roberto Cláudio (PDT) ao Governo do Ceará. Na aliança com o PDT, a sigla lançou ao Senado o nome do empresário, membro do Conselho e acionista do Grupo J.Macêdo, Amarílio Macedo.

Como primeiro suplente na disputa da chapa, foi escolhido o ex-secretário da Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto. Ele foi secretário do adversário na disputa, o ex-governador Camilo Santana (PT). O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-CE), Régis Medeiros, é o segundo suplente.

Participaram também da reunião o ex-senador Luiz Pontes, o candidato a vive-governador na chapa de RC, Domingos Filhos (PSD), e o presidente estadual do Cidadania, Alexandre Pereira. Candidatos a deputado estadual e federal pelo PSDB também estiveram presentes.

A convenção foi comandada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB), que assumiu provisoriamente como presidente da federação PSDB/Cidadania. Na última quinta-feira, 4, a primeira convenção dos partidos resultou na destituição temporária da direção de Chiquinho Feitosa após o tucano tentar manobra para retirar apoio a Roberto Cláudio e adotar neutralidade eleitoral do seu partido nas eleições estaduais.

Em pronunciamento, Tasso comentou sobre as reviravoltas no PSDB que tentaram puxar o partido para a neutralidade na disputa pelo Governo do Ceará. “Eu diria até bizarro e inédito, mais do que difícil”, classificou o senador sobre o movimento de Chiquinho.

“Eu não sei como eu chamo o que aconteceu. Não tem nome o que aconteceu, mas tem certas coisas na vida que a gente não pode dar importância”, completou o senador, que endossou o apoio ao PDT nas eleições.

“Nós decidimos nos coligarmos com o PDT e o PSD porque eles tinham o melhor candidato para o Estado do Ceará. E falo isso não só no discurso, eu falo porque acompanhei de perto a gestão do Roberto Cláudio em Fortaleza, uma das cidades mais difíceis de se administrar, e foi uma das melhores administrações da história”, destacou o tucano.

"Por essa razão e por ver sua postura política, plenamente identificada conosco, do não ao clientelismo, que foi nossa luta em 1986, contra a política dos currais eleitorais, decidimos apoiar", completou.

Também ontem o Psol aprovou, em convenção na sede diretório estadual do partido, em Fortaleza, o apoio a Elmano Freitas (PT) para governador nas eleições deste ano. Porém, para a disputa ao Senado, a decisão da legenda foi de não apoiar o petista Camilo Santana e lançar a liderança indígena Paulo Anacé como candidato.

Na última quarta-feira (03/07) a direção do partido havia retirado a candidatura de Adelita Monteiro a governadora, e também a de Anacé, para apoiar Elmano e Camilo. Contudo, o candidato a senador era contra abrir mão da disputa, diferentemente de Adelita, que concordou em desistir da campanha ao governo e lançar candidatura à Câmara Federal.

Insatisfeitos com a decisão, membros do partido apresentaram recurso à executiva nacional solicitando que a retirada da candidatura ao Senado fosse revista. A direção, então, recomendou que o caso fosse levado à convenção estadual, realizada nesta sexta. Por aclamação da maioria dos filiados presentes, Anacé foi oficializado candidato. Adelita não compareceu ao evento alegando compromisso de última hora.

Apesar do impasse em torno do processo de escolha, Anacé considera que não há clima de divisão no partido. "A gente saiu desse processo fortalecido, mostrando um Psol mais socialista, mais forte, um lado que estava um pouco apagado, que precisava ser reaquecido. Todos temos diferenças, mas foram nessas diferenças que encontramos a solução", disse Anacé após ser escolhido candidato.

Segundo ele, o partido já havia discutido internamente a retirada da candidatura de Adelita, mas nunca houve proposta de desistência em relação à sua postulação ao Senado. "A gente teve bastante diálogo e chegou ao consenso de que as candidaturas [ao Governo e ao Senado] divergem em alguns sentidos, em caminhos diferentes e, então, a gente precisava mudar essa história, mas mantendo essa proposta de concorrer ao Senado", explicou. 

Além da indicação de Anacé ao Senado, o Psol oficializou, durante a convenção desta sexta-feira, 5, 20 candidaturas à Câmara federal e 32 à Assembleia Legislativa, incluindo seis candidaturas coletivas. Atualmente, o único parlamentar filiado à legenda no Estado é o deputado estadual Renato Roseno, que concorrerá à reeleição.

O deputado federal Capitão Wagner (União Brasil) realizou convenção ontem para oficializar a candidatura a governador. No evento, ele confirmou o ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PL) como candidato a vice-governador e Kamila Cardoso (Podemos) para o Senado.

Kamila foi candidata a vice de Wagner nas eleições municipais de 2020 à Prefeitura de Fortaleza. Na ocasião, ambos disputaram o segundo turno contra José Sarto (PDT) e Élcio Batista (PSB), mas não saíram vitoriosos. Agora, a advogada enfrentará o ex-governador Camilo Santana (PT) nas urnas, também candidato ao Senado Federal e que possui uma folgada liderança nas pesquisas eleitorais.

A candidatura de Wagner ao Palácio da Abolição fechou uma aliança eleitoral composta por sete partidos: União Brasil, PL, Republicanos, PTB, Pros, Podemos e Avante. Ele afirma que essas alianças começaram a ser construídas após período de 14 meses andando pelo Interior. “A gente começou a caminhada em junho de 2021, andou por todas as regiões do Ceará”, disse.

O candidato governista ao Senado, o ex-governador Camilo Santana, também deixou o anúncio dos nomes da suplência também para a reta final do prazo, já depois das 23 horas. As escolhidas foram a deputada estadual Augusta Brito (primeira suplente) e a ex-secretária do Governo Janaína Farias (segunda suplente), ambas do PT.

"Duas grandes mulheres, cujos nomes abrilhantam nossa candidatura", escreveu Camilo em suas redes sociais ao divulgar a decisão.


Com informações portal O Povo Online 

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