Ciro Gomes apresentou a professora Ana Paula como vice e o União lançou a senadora Soraya Thronicke e o economista Marcos Cintra (Foto: Reprodução/Twitter) |
"Estou muito tranquila que a minha escolha não é apenas por eu ser mulher, ou uma mulher negra, mas por ser a mulher que eu sou", disse Ana Paula Matos, depois do anúncio de sua candidatura.
O PDT repete o cenário de 2018 ao lançar uma chapa puro-sangue. À época, sua vice foi a senadora Kátia Abreu (PP-TO), que estava na legenda. A escolha de uma correligionária reflete a dificuldade que Ciro enfrenta para forçar alianças. O PDT não conseguiu formar acordos nacionais — tentou com o PSB e com o União Brasil, mas não foi adiante.
"Estou com um olho na campanha eleitoral e outro no governo. Sou muito responsável, estou me preparando para governar o Brasil. Sei que é uma imensa travessia, difícil, tortuosa. Mas a minha psicologia é de me preparar para assumir a responsabilidade de governar o Brasil", afirmou Ciro.
A expectativa do PDT é de que a proximidade de Ana Paula com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto — que concorre ao governo baiano — possa dar palanque a Ciro na Bahia. Sem alianças nacionais, o partido depende agora dos arranjos estaduais.
O União Brasil também fechou a chapa ao Planalto. Soraya Thronicke, que desde terça-feira assumiu o posto depois que o deputado federal Luciano Bivar (PE) abriu mão de se lançar à disputa, apresentou o economista e ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra como vice. "O jogo não está definido. O jogo, Brasil, ainda nem começou", bradou a senadora, que está no meio do mandato parlamentar.
"Em 2018, votamos para tirar o que estava errado. Agora, em 2022, vamos votar para tirar o que também não deu certo", disse Soraya, em alusão ao presidente Jair Bolsonaro (PL), do qual foi apoiadora e cujas ideias ajudaram a senadora a se eleger. Ela pincelou seu plano de governo, com destaque para a realização de uma reforma tributária e a criação de um imposto único.
"A reforma tributária é a mãe de todas as reformas. Com ela, ajudamos o assalariado, a dona de casa, nossos familiares. Ajudamos as empresas a investirem mais", defendeu também Cintra, que defende, desde que comandou a Receita Federal, a proposta de um imposto único nos moldes da antiga CPMF.
Enquanto Soraya e Ciro já estão prontos para disputarem a corrida presidencial, a candidatura do influencer Pablo Marçal ainda patina. Isso porque, na tarde de ontem, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a volta de Eurípedes Júnior — que defende fechar desde já apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — ao comando do PROS.
Tão logo retomou o controle da sigla, Eurípedes realizou nova convenção partidária para rifar Marçal, que havia sido confirmado como candidato no último domingo. O influcencer, porém, garante que não será rifado e disputará a Presidência — tem, inclusive, uma vice, a policial militar Fátima Pérola Neggra.
Marçal, porém, já está registrado no TSE e classificou a manobra de Eurípedes como um "golpe". "Minha candidatura é um ato jurídico perfeito, dentro do prazo hábil. Tem que ter um prazo para divulgação. O que está rolando agora é um golpe", criticou.
Quem
vai para a disputa pelo Planalto:
Ciro
Gomes (PDT) | Ana Paula Matos (PDT)
Felipe D'Avila (Novo) | Tiago Mitraud (Novo)
Jair
Bolsonaro (PL) | Walter Braga Netto (PL)
Leonardo
Péricles (UP) | Samara Martins (UP)
Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) | Geraldo Alckmin (PSB)
Pablo
Marçal (PROS) | Fátima Pérola Neggra (PROS)
Simone
Tebet (MDB) | Mara Gabrilli (PSDB)
Soraya
Thronicke (União Brasil) | Marcos Cintra (União Brasil)
Vera Lúcia (PSTU) | Kunã Yporã (PSTU)
Com
informações portal Correio Braziliense
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jogo não está definido", diz Soraya Thronicke em lançamento de chapa
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