Em várias cidades houve panelaços no momento da entrevista (Foto: Marcos Serra Lima) |
Presidenciáveis e integrantes da oposição acusaram o presidente Jair Bolsonaro de ter mentido na entrevista ao Jornal Nacional. Já aliados do chefe do Executivo enalteceram a participação dele.
O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, escreveu nas redes sociais que "é constrangedor ver um presidente da República mentir com tamanha desfaçatez".
Felipe D'Avila, do Novo, reprovou o fato de Bolsonaro ter minimizado a união com o Centrão. "Aliança com o Centrão nunca foi por governabilidade. O desespero e o apego ao cargo o fizeram entregar as chaves do cofre. O resultado está aí: orçamento secreto, escândalos de corrupção e aliança com condenados no mensalão".
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), integrante da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chamou Bolsonaro de "pai da mentira". "O governo era contra o auxílio emergencial de R$ 600, eles queriam pagar R$ 200 e o valor de R$ 600 foi uma conquista da oposição", postou.
Aliados de Bolsonaro, por sua vez, comemoraram o desempenho. "O presidente simplesmente arrasou no JN. Mesmo diante de mentiras, caretas, manipulações e atuações dignas do troféu Framboesa, nosso presidente levou a verdade que eles negaram ao povo por quatro anos", postou a deputada Carla Zambelli (PL-SP).
"O que deveria ser uma entrevista imparcial e honesta se transformou em ataques e mentiras de dois arrogantes desonestos. Felizmente, o presidente tem couro duro e soube enfrentar os jornaleiros", disse o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ).
A ex-ministra Damares Alves escreveu que "a Globo acaba de mostrar para todo o Brasil o grande líder que temos". "Um estadista que defende a democracia, a autonomia médica, o livre comércio e a liberdade de expressão", ressaltou.
Em várias cidades pelo Brasil houve panelaços no momento da sabatina.
Personalidades e internautas também repercutiram a participação do presidenciável nas redes sociais e temas relacionados à sabatina ocuparam os dez assuntos mais comentados do Twitter.
“Bonner”, “Globo Lixo”, “Bozo”, “Parabéns Presidente”, “Fora
Bolsonaro”, foram algumas das hashtags mais comentadas no Twitter. Entre os
apoiadores do atual governante do país, a crítica se direcionou aos
apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos, com apontamento de
hostilidade nas perguntas, além de enaltecerem e parabenizarem a desenvoltura
de Bolsonaro. “Globolixo agora ligaram o modo turbo em apoio ao presidente”,
comentou Guto Barbosa.
A
cantora Anitta, declaradamente apoiadora de Lula nas eleições de outubro,
publicou uma foto da mão de Bolsonaro, em que carregava uma “cola” com assuntos
que ele pretendia abordar durante a sabatina. Sem legenda alguma, a artista
apenas compartilhou a foto, mas apagou minutos depois. No Instagram a musa se
limitou a publicar um storie com a foto da televisão, mostrando que estava
acompanhando a entrevista.
O
comediante Bruno Motta também acompanhou a sabatina. “Uai gente a entrevista
com Bolsonaro não acabou? Liguei agora (a TV) e ainda to vendo falando de
cramulhão, uns gado na tela, umas florestas queimadas…”, ironizou.
Jornalistas
comentam a participação de Bolsonaro no JN
Vera
Magalhães, apresentadora do programa Roda Viva, na TV Cultura, publicou
inúmeros tweets ao longo da entrevista de Bolsonaro ao Jornal Nacional. “O
momento chave da entrevista passou meio batido: Bolsonaro se comprometeu a
aceitar o resultado da eleição “desde que sejam limpas”. Ou seja: não se
comprometeu a aceitar o resultado”, escreveu.
A jornalista também afirmou que o maior medo da campanha do candidato à reeleição é ele ser rude com Renata, repetindo a conduta na sabatina do noticiário em 2018. “Bolsonaro minimiza o caos em Manaus, com pessoas morrendo sem oxigênio”. E interrompe Renata Vasconcelos duas vezes. Primeiro com um “negativo” e depois com um “não é verdade”. Para Vera “Maior medo da campanha é ele ser grosseiro com ela”.
Andréia
Sadi, âncora do Estúdio I, um noticiário da Globo News, e colunista do G1,
também usou o Twitter para destacar alguns momentos da sabatina. “Bonner
pergunta ao presidente Bolsonaro no #JN sobre 2018 x 2022 e o apoio do centrão.
O casamento com centrão que, na eleição passada, era chamado pela sua campanha
de ‘ladrão’”, pontuou.
Já
a antropóloga Débora Diniz, afirmou, por meio das redes sociais, que Bolsonaro
“não tem compaixão”, ao relembrar as 600 mil vítimas da Covid-19 no país. “Uma
das maiores mentiras criadas por Bolsonaro foi o de um governo técnico. Sim,
basta ver os cinco ministros da educação. A fila de ministros da saúde. O
fanatismo da ministra das mulheres”, contestou.
Com
informações portal Correio Braziliense
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