O Tour de France Femmes vai largar em Paris e percorrer 1.029 km durante oito dias (Foto: Reprodução/Zwift) |
Neste domingo (24/07), pela primeira vez em muito tempo, haverá dois pelotões em Paris disputando o Tour de France. O Tour de France Femmes, apresentado pela Zwift, vai largar em Paris e percorrer 1.029 km durante oito dias pela região Nordeste da França. A competição terá 144 mulheres, divididas em 24 equipes, com quatro etapas planas, duas de subida e duas de montanha.
O evento está programado para terminar na lendária La Super Planche des Belles Filles, na região montanhosa dos Vosgos. Organizadores, patrocinadores e parceiros de mídia prometem que este não será o primeiro e último Tour de France Femmes.
Patrocinador principal, a Zwift irá apoiar a corrida por pelo menos quatro anos. Já o aplicativo de monitoramento Strava possui três de contrato.
A
rede de TV norte-americana NBC Sports assinou um contrato de dois anos para
transmitir a corrida nos EUA. Espera-se que este apoio financeiro de longo
prazo ajude o Tour de France Femmes a evitar as dificuldades financeiras que
condenaram as tentativas anteriores de construir um Tour feminino viável.
A
rota: gravel, montanhas e planícies
A rota do Tour de France Feminino deve colocar diferentes ciclistas no topo do pódio e manter a batalha aberta até o final.
A etapa 1 começa na Torre Eiffel, onde o pelotão fará 12 voltas do lendário circuito que termina na Champs-Élysées. O trajeto é plano e rápido – as mulheres devem terminar em cerca de duas horas, antes da chegada dos homens à cidade.
Além de trazer grandes multidões para o primeiro dia da corrida, a etapa de 80 km é uma homenagem à edição inaugural do La Course by le Tour de France, que foi realizado em 2014 em um percurso quase idêntico. Muitos fãs adorariam ver a história se repetir neste trecho da estrada e ver a fenômeno holandês Marianne Vos vencer na Champs-Élysées.
O estágio 2 começa em Meaux, a leste de Paris. É outra rota muito plana, mas esta etapa de 133 km será adequada para as melhores velocistas do pelotão, com um final de sprint previsto em Provins.
A escalada começa no estágio 3, de Reims a Epernay. A etapa de 131 km apresenta quatro subidas categorizadas. A primeira pancada acontece com apenas 20 km após o início, enquanto as subidas restantes ocorrem na segunda metade do dia.
A última subida categorizada, Côte de Mutigny, vem depois e, embora não seja longa, conta com uma inclinação média de 12,2%. As separações no pelotão são prováveis aqui, e a escalada final do Mont Bernon também pode ser decisiva perto do final.
Destaque para o estágio 5, o dia mais longo da corrida, com 173 km, e também a etapa mais longa até agora em uma corrida feminina do World Tour, superando a etapa de 168 km do Giro Rosa 2020.
Não haverá muito tempo para descansar, pois o estágio 6 na sexta-feira fica montanhoso novamente. É uma montanha-russa de uma rota com quatro subidas categorizadas espalhadas ao longo do caminho, e o cume da última vem com apenas oito quilômetros restantes no dia.
O Tour de France Femmes apresenta suas maiores subidas nas duas etapas finais. A etapa 7 verá as ciclistas chegarem ao Petit Ballon, Col du Platzerwasel e Grand Ballon, o ponto mais alto da corrida, a 1.310 metros de altitude. Petit Ballon tem 8 km de comprimento a uns robustos 8% e oferece apenas um breve alívio antes da subida de 6,5 km pelo Col du Platzerwasel.
Depois disso, sobe, sobe e se afasta por 13,5 km até o Grand Ballon, com os seis quilômetros finais da subida chegando a 8,5%. A etapa final termina com o desafio mais difícil da corrida: a escalada da La Super Planche des Belles Filles, onde Tadej Pogačar venceu a sétima etapa da corrida masculina.
Enquanto La Super Planche des Belles Filles tende a atrair toda a atenção, a subida de oito quilômetros da Ballon d’Alsace vai suavizar as pernas antes da batalha final, então não deixe de acompanhar a corrida enquanto ela atinge as primeiras subidas do dia.
As
favoritas: Annemiek van Vleuten contra todos
Pode ser um pouco simplista definir o primeiro Tour de France Feminino como uma batalha entre a holandesa Annemiek van Vleuten e todas as outras. Mas ela aparece como ampla favorita.
Annemiek conquistou recentemente uma vitória dominante no Giro d’Italia, e é uma das poucas a enfrentar os grandes circuitos italianos e franceses sempre perto da vitória.
A estrela italiana Elisa Longo Borghini (Trek-Segafredo) e a dinamarquesa Cecilie Uttrup Ludwig (FDJ-Suez-Futuroscope) também correram no Giro d’Italia Donne, mas fizeram-no mais por treino do que por vitória.
Entre os pilotos que pularam o Giro estavam a holandesa Demi Vollering (SD Worx) e a escaladora polonesa Kasia Niewiadoma (Canyon-SRAM). Vollering provavelmente será uma das concorrentes mais difíceis de Van Vleuten.
Outras para ficar de olho na competição são a sul-africana Ashleigh Moolman-Pasio (SD Worx), a americana Kristen Faulkner (BikeExchange-Jayco), a italiana Marta Cavalli (FDJ-Suez-Futuroscope), a ciclista holandesa Pauliena Rooijakkers (Canyon- SRAM) e a francesa Juliette Labous (Equipe DSM).
Com informações portal da revista Go Outside
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