12 de maio de 2022

12 Mulheres que fizeram história na política

A História Brasil foi escrita com a ajuda de mulheres memoráveis. O BA selecionou 12 delas que mudaram o rumo da história e foram imprescindíveis para estabelecerem grandes conquistas. Lutadoras, perseverantes, polêmicas e quebradoras de paradigmas, elas não mediram esforços para conseguir aquilo que queriam. Apresentamos a seguir um resumo da história dessas mulheres:

Leolinda Figueiredo

Leolinda Figueiredo Daltro nasceu na Bahia em 14 de julho de 1859 e faleceu no Rio de Janeiro em 4 de maio de 1935. Foi uma professora, sufragista e indigenista brasileira que lutou pela autonomia das mulheres. 

Em 1910, juntamente com outras mulheres, Leolinda fundou o Partido Republicano Feminino. Em 1917 liderou uma passeata exigindo a extensão do direito ao voto às mulheres

Leolinda não queria revolucionar o papel da mulher na sociedade. O objetivo era reformar seu papel, integrando a mulher de forma mais justa e igualitária na sociedade brasileira e dando oportunidades para que as mulheres façam parte da vida pública. 

Ela também procurou reformar as leis para que as mulheres brasileiras atuassem de forma igualitária à dos homens, com as mesmas oportunidades e direitos.

 Carlota de Queirós


Carlota Pereira de Queirós nasceu em São Paulo no dia 13 de fevereiro de 1892 e faleceu na sua terra natal em 14 de abril de 1982. Foi uma médica, escritora, pedagoga e política brasileira. 

Foi a primeira mulher brasileira a ser eleita deputada federal. Ela participou dos trabalhos na Assembleia Nacional Constituinte, entre 1934 e 1935.

Foi homenageada com o Monumento intitulado Carlota Pereira de Queiroz, na Praça Califórnia, bairro de Pinheiros, Zona Oeste da Capital de São Paulo e com a Avenida Dr.ª Carlota Pereira de Queiroz, no distrito de Socorro, localizado na região Sul de São Paulo. 

Além disso, há a EMEF Carlota Pereira de Queiros na capital paulista, inaugurada em memória a médica.

 

Antonieta de Barros 

Antonieta de Barros nasceu em Florianópolis no dia 11 de julho de 1901 e falceceu na mesma cidades em 28 de março de 1952. Foi uma jornalista, professora e política brasileira. 

Foi uma das primeiras mulheres eleitas no Brasil e a primeira negra brasileira a assumir um mandato popular, tendo sido pioneira e inspiração para o movimento negro, apesar de um grande apagamento de sua história, que vem sendo retomada aos poucos. 

Tendo contribuído no parlamento, na imprensa e no magistério, foi uma ativa defensora da emancipação feminina, de uma educação de qualidade para todos e pelo reconhecimento da cultura negra, em especial no Sul do Brasil.

Esther de Figueiredo


Esther de Figueiredo Ferraz nasceu em São Paulo no dia 6 de fevereiro de 1915 e faleceu na sua terra natal em 23 de setembro de 2008. Foi uma advogada, professora secundária de português, francês, latim e matemática, secretária de Estado e ministra brasileira.

Esther carregou a marca do pioneirismo em sua carreira política. Ela foi a primeira mulher a possuir um cargo de ministra no Brasil, ocupando a pasta da Educação no governo do general João Figueiredo, de 24 de agosto de 1982 a 15 de março de 1985, além de ter se destacado também por se tornar a primeira mulher a lecionar na Universidade de São Paulo e a primeira mulher na América Latina a comandar a reitoria de uma universidade, o Mackenzie.

Esther de Figueiredo e em 1996, ingressou na Academia Paulista de Letras, onde ocupava a 36ª cadeira.

Zuzu Angel


Zuleika de Souza Netto Nasceu em Curvelo em 5 de junho de 1921 e faleceu no Rio de Janeiro em 14 de abril de 1976. Zuzu Angel, como era mais conhecida como foi uma estilista brasileira.

Personagem notória do Brasil da época da ditadura militar, ficou conhecida nacional e internacionalmente não apenas por seu trabalho inovador como estilista de moda, mas também por sua procura pelo filho, Stuart Angel, assassinado pelo governo e transformado em desaparecido político, em que enfrentou as autoridades da época e levou sua busca a se tornar conhecida no exterior.

Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade recebeu de Cláudio Antônio Guerra, ex-agente da repressão que operou como delegado do Departamento de Ordem Política e Social do Espírito Santo (DOPS), a confirmação da participação dos agentes da repressão na morte de Angel.

Em 2019, sua filha Hildegard Angel se dirigiu ao 8.º cartório do Registro Civil da Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro, com um mandado judicial, e conseguiu finalmente emitir as certidões de óbito de sua mãe, Zuleika, e de seu irmão, Stuart. As causas das mortes foram atestadas como "morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistêmica e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial de 1964 a 1985".

Maria Luíza


Maria Luíza Menezes Fontenele nasceu em Quixadá no dias 27 de novembro de 1942, é uma professora universitária, ex-parlamentar e ativista brasileira, mais conhecida por ter sido prefeita de Fortaleza, entre 1986 e 1989. 

Foi a primeira mulher a ser eleita prefeita de uma capital de estado brasileiro, além de ser a primeira prefeita de capital eleita pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

Maria Luiza iniciou sua militância no movimento estudantil secundarista, tendo integrado a Juventude Estudantil Católica e o Centro Liceal dos Estudantes cearenses. Posteriormente, como aluna do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Ceará (UFC), atuou nas comunidades carentes do Pirambu (Fortaleza) e foi vice-presidente do Diretório Acadêmico da Escola de Serviço Social. Graduou-se em 1965 e em 1967, tornou-se professora da UFC. Concluiu seu curso de mestrado em Sociologia, na Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos em 1973.

Foi deputada estadual de 1979 a 1985, ano em que foi eleita para prefeita de Fortaleza, pelo PT, tornando-se a primeira mulher a ser eleita prefeita de uma capital. 

Em 1990 foi eleita deputada federal pelo PSB. Em 1993, deixou o PSB e filiou-se ao PSTU, partido que integrou até 1998.

Maria Luiza é uma das fundadoras da União das Mulheres Cearenses (UMC) e do Grupo Crítica Radical, que criou, juntamente com Rosa Maria Ferreira da Fonseca, Jorge Paiva e Célia Zanetti. O grupo atua em várias frentes, em campanhas contra a violência, contra a criminalização dos movimentos sociais e pelo direito à memória e à verdade sobre torturas, mortes e desaparecimentos do período da ditadura militar. 

Luiza Erundina

Luiza Erundina de Sousa nasceu em Uiraúna na Paraiba em  30 de novembro de 1934, é uma assistente social e atualmente deputada federal pelo política brasileira, pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) do Estado de São Paulo. 

Erundina ganhou notoriedade nacional quando foi eleita a primeira prefeita de São Paulo e representando um partido de esquerda, o Partido dos Trabalhadores (PT), em 1988. Também foi filiada ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Deputada Federal há seis mandatos, Erundina foi candidata à presidência da Câmara dos Deputados em 2016 em substituição a Eduardo Cunha, que havia renunciado ao cargo. Na eleição, Erundina defendeu uma maior participação feminina na representatividade e mostrou-se favorável à reforma política. Ela já havia presidido uma sessão da Casa simbolicamente.

Em 2016 se candidata pela quinta vez para a prefeitura de São Paulo pela Coligação "Os Sonhos Podem Governar". Nas eleições de 2018, foi reeleita deputada federal por São Paulo.

Maria da Penha


Maria da Penha Maia Fernandes nasceu em Fortaleza no dia 1 de fevereiro de 1945, graduada em Farmácia, ganhou notoriedade internacional pela sua luta por Justiça em defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica.

Em 7 de agosto de 2006, foi sancionada a lei que leva seu nome: a Lei Maria da Penha, importante ferramenta legislativa no combate à violência doméstica e familiar contra mulheres no Brasil.

Maria da Penha é fundadora do Instituto Maria da Penha, uma ONG sem fins lucrativos que luta contra a violência doméstica contra a mulher.

Maria da Penha foi uma das indicadas no programa "Os Cem Maiores Brasileiros de Todos os Tempos".

Sônia Guajajara


Sônia Bone de Souza Silva Santos, nasceu em Arariboia no Maranhão no dia 6 de março de 1974, é uma líder indígena brasileira e política filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Graduada em Letras e em Enfermagem e
 especialista em Educação especial pela Universidade Estadual do Maranhão.

Sônia é do povo Guajajara/Tentehar, que habita nas matas da Terra Indígena Arariboia, no Maranhão. Seus pais eram analfabetos, mas aos 10 anos, saiu da sua terra para estudar na cidade de Imperatriz. Onde trabalhou em casas de família em troca de moradia.

Sônia Guajajara foi candidata a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, tornando-se a primeira pré-candidata de origem indígena à presidência da República.

Marina Silva


Maria Osmarina da Silva Vaz de Lima, nasceu no Rio Branco em 8 de fevereiro de 1958, é  professora, psicopedagoga, ambientalista, ex-senadora da República e ex-ministra do Meio Ambiente, além de  candidatar em três pleitos à Presidência da República.

Graduada em história pela Universidade Federal do Acre. Desenvolveu interesse pela política, filiou-se Partido dos Trabalhadores, sendo eleita em 1990  deputada estadual e, em 1994, senadora da República, tornando-se, aos 36 anos de idade, a mais jovem senadora da história do país. Reeleita para o Senado em 2002, Marina aceitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e assumiu o Ministério do Meio Ambiente. Em 2009, deixou o PT e filiou-se ao Partido Verde (PV).

Em 2010, Marina candidatou-se a presidente pelo PV, obtendo a terceira colocação no primeiro turno, com mais de 19 milhões de votos. Em 2014, assumiu a candidatura a presidente pelo Partido Socialista Brasileiro após a morte de Eduardo Campos, ficando novamente em terceira colocada com mais de 22 milhões de votos. Em 2015, conseguiu o registro de seu novo partido político, a Rede Sustentabilidade, o qual a escolheu para disputar pela terceira vez a presidência da República em 2018.

Dilma Rousseff


Dilma Vana Rousseff , nasceu em Belo Horizonte em 14 de dezembro de 1947, foi 36ª Presidente do Brasil, tendo exercido o cargo de 2011 até seu afastamento por um processo de impedimento em 2016.

Logo após o Golpe Militar de 1964, Dilma ingressou então na luta armada de esquerda como membro do Comando de Libertação Nacional (COLINA) e, posteriormente, da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) — ambas as organizações defendiam a luta armada contra a ditadura militar. Passou quase três anos em reclusão, de 1970 a 1972, primeiramente pelos militares da Operação Bandeirante (OBAN), pelos quais foi torturada, e, posteriormente, pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).

Reconstruiu sua vida no Rio Grande do Sul, onde, junto com Carlos Araújo, seu companheiro por mais de trinta anos, foi membro fundador do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e participou de diversas campanhas eleitorais. De 1985 a 1988, durante a gestão de Alceu Collares à frente da prefeitura de Porto Alegre, foi Secretária Municipal da Fazenda. De 1991 a 1993 foi presidente da Fundação de Economia e Estatística e foi Secretária Estadual de Minas e Energia entre os períodos de 1993 a 1994 e de 1999 a 2002, durante o governo de Alceu Collares e do sucessor Olívio Dutra. Em 2001 decidiu filiar-se no Partido dos Trabalhadores (PT). Em 2002 participou da equipe que formulou o plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a área energética.

Durante o governo Lula, assumiu a chefia do Ministério de Minas e Energia e posteriormente da Casa Civil. Em 2010 foi escolhida pelo PT para concorrer à eleição presidencial, disputando contra José Serra (PSDB) no segundo turno, cujo resultado, anunciado em 31 de outubro, tornou Dilma a primeira mulher a ser eleita para o mais alto cargo, o de chefe de Estado e chefe de governo, em toda a história do Brasil. Em 26 de outubro de 2014 foi reeleita, novamente no segundo turno das eleições, disputado contra Aécio Neves (PSDB). 

Em 12 de maio de 2016, com o acirramento da crise político-econômica de 2014, foi afastada de seu cargo por até 180 dias devido à instauração de um processo de impeachment que vinha sendo movido contra ela, com base em irregularidades fiscais. Teve o mandato presidencial definitivamente cassado em 31 de agosto de 2016, porém não perdeu o direito de ocupar outros cargos públicos. Em 2018 candidatou-se a senadora por Minas Gerais, ficando em 4° lugar na disputa.

Marielle Franco


Marielle Francisco da Silva nasceu no Rio de Janeiro em 27 de julho de 1979 e foi assassinada na mesma cidade em  14 de março de 2018. Marielle era graduada em Sociologia e defendia o feminismo, os direitos humanos, e criticava a intervenção federal no Rio de Janeiro e a Polícia Militar, tendo denunciado vários casos de abuso de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes

Filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), elegeu-se vereadora do Rio de Janeiro para a Legislatura 2017-2020, durante a eleição municipal de 2016, com a quinta maior votação.

Em 14 de março de 2018, foi assassinada a tiros junto de seu motorista, Anderson Pedro Mathias Gomes, no Estácio, Região Central do Rio de Janeiro.

Com informações Desafio Mundial

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