"Izolda não é só de um partido, é de todos os partidos", defende Camilo

Ao lado de Izolda e Sarto, Camilo recebeu a Medalha Iracema (Foto: Aurelio Alves)

Em sua primeira agenda pública depois de deixar o Executivo estadual no início de abril, o ex-governador Camilo Santana (PT) voltou a defender ontem o nome da atual governadora, Izolda Cela (PDT), alvo de crítica do vereador pedetista Adail Júnior.

"Izolda é uma mulher extraordinária, que tem dado uma grande contribuição ao Ceará numa das áreas mais importantes, que é a educação. E não tenho dúvida de que a Izolda não é só de um partido, é de todos os partidos, e representa hoje o Estado do Ceará", disse Camilo antes de participar de cerimônia de outorga da Medalha Iracema, com a qual foi agraciado.

Além do ex-governador, também foram homenageados pela Prefeitura de Fortaleza o Instituto da Primeira Infância (Iprede) e servidores da área da saúde no município. Na sua 5ª edição, a comenda foi entregue pelo prefeito José Sarto (PDT) durante evento no Teatro São José, na noite dessa terça-feira.

Ao lado de Sarto e da própria governadora, Camilo reforçou elogios à pedetista e disse que o "projeto que está em curso no Ceará é hoje liderado pela governadora Izolda".

Questionado se concordava com a avaliação do petista sobre a atual chefe do Abolição, o prefeito declarou: "Eu concordo em gênero, número e grau. A governadora Izolda é como uma doadora e receptora universal. Representa hoje e lidera a todos nós".

No último fim de semana, em vídeo divulgado nas redes sociais, o vereador Adail Júnior (PDT), próximo do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), questionou a fidelidade da governadora ao partido, afirmando que a gestora, uma das cotadas para representar os governistas na eleição para o Governo neste ano, tinha sangue mais petista do que pedetista.

Dentro da legenda trabalhista, movimento pró-RC tem ganho apoios públicos desde que o nome de Izolda passou a transitar como aquele de preferência no PT de Camilo, principal sigla aliada do PDT.

Entre petistas, Izolda é vista como potencial candidata com capacidade de aglutinar forças como o MDB do ex-senador Eunício Oliveira e o PT dos deputados José Guimarães e Luizianne Lins.

Um dos personagens a se posicionar publicamente a favor do ex-prefeito foi seu sucessor, Sarto, que se manifestou pela indicação de RC como candidato, movimento que acabou deflagrando série de gestos favoráveis ao ex-chefe do Paço.

Também integram o quadro de possíveis nomes para encabeçar a chapa governista o deputado federal Mauro Filho e o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão.

Sobre quando o bloco deve bater o martelo a respeito do representante do grupo na corrida eleitoral de 2022, Camilo respondeu que os aliados têm "até julho para as convenções para que a gente possa definir os nomes que vão representar".

"Sei que os desafios são enormes", continuou o petista, "mas vamos discutir com aliados, amigos e a população quem representará melhor esse projeto pra dar continuidade, corrigindo aquilo que não está bom, ampliando e sempre avançando mais ainda".

Questionado sobre a agenda que deve cumprir a partir de agora, com a renúncia ao Governo para postular vaga no Senado, Camilo falou que "estava dando uma descansada com os filhos, com o José, e cuidando da família", mas vai "voltar a agenda em breve e trabalhar para que a gente possa visitar o Interior, mostrar tudo que o governo tem feito e fez, colocar a importância disso".

Com informações portal O Povo Online

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