Solenidade de Posse dos novos ministros no Palácio do Planalto (Foto:
Clauber Cleber Cetano)
O
primeiro complicador está, exatamente, no Distrito Federal. A deputada federal
Flávia Arruda (PL) retoma o mandato, mas para construir a ponte que a levará à
outra Casa do Congresso — o Senado. Pode ter como adversária à vaga a
ex-ministra das Mulheres, Família e Direitos Humanos, Damares Alves — que se
filiou ao Republicanos e mudou o domicílio eleitoral para o DF. Há a
possibilidade de ela concorrer a uma das cadeiras na Câmara, mas pega uma
adversária de peso como a hoje deputada Bia Kicis. Seja qual for o rumo, é um
desconforto que pode prejudicar Bolsonaro.
Outro problema no horizonte da reeleição está no Rio Grande do Sul. O ex-ministro do Trabalho e Previdência Onyx Lorenzoni (União) jamais negou que pretende disputar o Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. Pode ter como adversário o senador Luiz Carlos Heinze (PP), que pretende ser compensado com o apoio de Bolsonaro pela marcante defesa que fez da cloroquina e do governo durante a CPI da Covid.
Ainda na disputa ao Senado, a vida não deve ser fácil, também, para os ex-ministros Gilson Machado e Tereza Cristina, que abriram mão, respectivamente, das pastas do Turismo e da Agricultura. Ela retoma o mandato de deputada federal pelo União Brasil e pode ter pela frente, no Mato Grosso do Sul, Luiz Henrique Mandetta, seu colega de partido e ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro. No caso de Machado, as coisas não são menos difíceis: tem tudo para enfrentar o ex-líder do governo no Senado Fernando Bezerra Coelho (MDB) na disputa pela vaga única ao Senado por Pernambuco.
Mas a construção de palanques estaduais para Bolsonaro passa por duros confrontos que os candidatos do presidente terão pela frente. O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem a pretensão de concorrer ao governo paulista, mas tem pela frente pelo menos três candidatos competitivos: o agora governador Rodrigo Garcia, o petista Fernando Haddad e Marcio Franca (PSB). "Tarcisão do Asfalto" também terá que disputar votos bolsonaristas e da extrema direita com o ex-colega de governo Abraham Weintraub (Brasil 35).
O ex-ministro da Cidadania, João Roma, é o homem de Bolsonaro para a formação de um palanque que congregue as forças conservadoras na Bahia. Mas, novamente, tem pela frente um muro alto para escalar: o principal adversário é o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União), representante da oligarquia Magalhães no estado e que deixou o comando da capital com uma alta aprovação. Esse, alias, não é o único problema: Jerônimo Rodrigues, pré-candidato do PT, vem turbinado pelo MDB no estado com o vice Geraldo Junior e o apoio do ex-governador e hoje senador Jaques Wagner.
Já Rodrigo Marinho deixou o Ministério do Desenvolvimento Regional para tentar o governo potiguar. Terá pela frente a governadora Fátima Bezerra (PT) que já anunciou que disputará a reeleição ao Palácio da Lagoa Nova. Olhando de longe, certamente os bolsonaristas jogarão na polaridade para tentar crescer na disputa. Só que, a favor de Fátima, há uma grande coligação na Assembleia Legislativa do estado que vai do PSDB ao PCdoB.
Marinho pode ter, ainda, mais uma pedra no caminho da eleição. O senador Styvenson Valentim (Podemos), que ainda não decidiu se concorre, poderia ter uma candidatura forte baseada em dois fatores: foi o mais votado em 2018 e chegou a Brasília embalado pelo bolsonarismo, pois é policial militar — um eleitoral fiel do presidente. O tucano Ezequiel Ferreira completaria o quadro de adversários competitivos do ex-ministro.
Com
informações portal Correio Braziliense
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