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4 de abril de 2022

Ceará tem 21 açudes sangrando e seis com volume acima de 90% da capacidade

 

O açude do Cocó é o primeiro do Ceará a atingir a capacidade máxima em abril (Foto: Gustavo Simão)

Com a cheia do açude Cocó, em Fortaleza, nesse fim de semana, o Ceará soma 21 reservatórios com volume total de armazenamento. Neste início de terceiro mês da quadra chuvosa, o sistema hídrico do Estado está com volume de 5,51 bilhões de metros cúbicos (m³) de água, o que equivale a 29,8% da capacidade total de armazenamento (18,5 m³).

O Cocó é o sétimo reservatório a sangrar na macrorregião do Litoral de Fortaleza e o primeiro do Ceará em abril. O açude Cocó é localizado na divisa entre os bairros José Valter e Jangurussu, na região Sul da Capital. Após fechar fevereiro com apenas um açude sangrando, o Estado superou a média histórica de chuvas para março e fechou o mês com 20 reservatórios em capacidade máxima.

Além deles, seis outros açudes estão com volume acima de 90%: Jenipapo (90,38%), Sobral (99,7%), Tucunduba (94,77%), Várzea da Volta (92,4%), Itapajé (93, 82%), Acarape do Meio (93,81%). Por outro lado, 61 estão com volume inferior a 30%. Destes, 14 estão em volume morte e nove secos.

Segundo a Resenha diária de monitoramento da Companhia de Gestão e Recursos Hídricos (Cogerh) publicada nesse domingo, o aporte de 2022 soma 2,03 bilhões de m³. Nas 24 anteriores, foram 45, 1 milhões de m³.

A preocupação continua sendo em relação aos maiores equipamentos do sistema hídrico cearense. O Castanhão, localizado na bacia do Médio Jaguaribe, acumula 16,60% da capacidade. Apesar de o acumulado ainda ser considerado longe do ideal, na última sexta-feira, 2, o maior reservatório do Brasil atingiu o maior volume desde setembro de 2015. Aumento foi resultado das chuvas acima da média durante o mês de março na região.

Dos açudes de maior porte, o Orós, segundo maior do Estado, localizado alto Jaguaribe, apresenta situação menos alarmante, com 37, 86%. No caso do Banabuiú, terceiro maior, localizado na bacia de mesmo nome, o acúmulo é de 8,23%.

Considerando a divisão por regiões hidrográficas, o maior volume é observado na bacia do Coreaú, a terceira menor, com 87,01%. O segundo maior volume percentual é registrado em Acaraú (73,49%), a quarta maior bacia do sistema. A bacia do Litoral tem terceiro melhor volume acumulado: 71,59%.

Em seguida vêm as bacias Metropolitana (56,82%), Salgado (52,26%), Serra da Ibiapaba (50,55%), Algo Jaguaribe (40,11%), Sertões de Crateús (21,95%) e Baixo Jaguaribe (19,38%). Os menores percentuais são registrados em Médio Jaguaribe (16,23%), Curu (13,39%) e Banabuiú (7,31%).

No Cariri, apenas o açude Valério, em Altaneira, atingiu a capacidade máxima.

Açudes sangrando:

Acaraú Mirim (Massapê)

Angicos (Coreaú)

Barragem do Batalhão (Crateús)

Batente (Ocara)

Caldeirões (Saboeiro)

Cocó (Fortaleza)

Do Coronel (Antonina do Norte)

Gameleira (Itapipoca)

Gavião (Pacatuba)

Germinal (Palmácia)

Itapebussu (Maranguape)

Itaúna (Granja)

Maranguapinho (Maranguape)

Mundaú (Uruburetama)

Muquém (Cariús)

Quandú (Itapipoca)

Rosário (Lavras da Mangabeira)

São Vicente (Santana do Acaraú)

Tijuquinha (Baturité)

Ubaldinho (Cedro)

Valério (Altaneira)

Com informações portal O Povo Online

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