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17 de março de 2022

Chuvas de março elevam para sete número de reservatórios sangrando no Ceará

O Açude do Rosário em Lavras da Mangabeira foi um dos primeiros atingiram a capacidade máxima (Foto: Divulgação/Cogerh)

Com o bom volume de chuvas registrado nos primeiros dias de março no Ceará, subiu para sete o número de reservatórios que atingiram a capacidade máxima de armazenamento. A informação consta no boletim mais recente do Portal Hidrológico do Ceará – gerenciado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) atualizado ontem (16/03) Conforme o painel, o açude de Itaúna, no município de Granja, região Norte do Estado, foi o último a sangrar. As águas começaram a verter na última terça feira (15/03).

Além desse, outros seis reservatórios já haviam aitingido 100% da capacidade na primeira quinzena deste mês: Caldeirões (Saboeiro), Quandu (Itapipoca), Germinal (Palmácia), Tijuquinha (Baturité), Rosário (Lavras da Mangabeira) e Ubaldinho (Cedro). Há exatamente um ano, o Estado tinha apenas três açudes sangrando, segundo indica a série histórica da Cogerh.

O painel ainda mostra que há pelo menos outros cinco açudes cearenses prestes a verter. São reservatórios com volume hídrico acima de 90% da capacidade. O mais próximo da sangria é a Barragem do Batalhão (97,23%), seguido pelo Acaraú Mirim (95,31%) e o Gameleira (94,93%). Já os açudes Muquém e Sobral alcançam 92,99% e 91,46%, respectivamente, de seus limites de capacidade.

Embora as águas de março tenham trazido alívio para a situação de alguns reservatórios, no geral, o cenário ainda é de escassez hídrica. Na média dos 150 açudes monitorados pela Cogerh em todo o Estado, o volume chega a apenas 23% da capacidade. Em março do passado, ainda que o Estado tivesse menos da metade do número de açudes sangrando atualmente, o volume médio de todos os reservatórios era ligeiramente superior: 26,2%.

De acordo com o painel da Cogerh, até a noite desta quarta-feira, 16, o Ceará tinha pelo menos 58 açudes com nível hídrico abaixo de 30%, patamar classificado pelo órgão como “estado de alerta”. Entre esses reservatórios estão os três maiores do Estado: Castanhão (10,05%), Banabuiú (8,08%) e Orós (24,88%).

A situação vivenciada agora, no entanto, é um pouco melhor do que no início do ano para dois desses açudes. Em primeiro de janeiro, por exemplo, a recarga hídrica do Castanhão era de 8,15%. Já a barragem de Orós acumulava 22,33%. Na contramão, o açude de Banabuiú tinha 8,22%, volume maior do que o registrado atualmente, mesmo com as recentes chuvas ocorridas no Estado.

De acordo com previsão divulgada nesta quarta-feira, 16, pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o Ceará continua apresentando condições favoráveis para o registro de novas precipitações até esta sexta-feira, 17. O cenário indica possibilidade de chuvas em todas as macrorregiões do Estado, mas a tendência, segundo o órgão, é que os maiores acumulados ocorram no Cariri, na Ibiapaba e na porção sul do Sertão Central Inhamuns.

Nesta quinta-feira, a Funceme deve divulgar uma nova previsão estendida para os próximos três dias, indo até sábado, 19, Dia de São José, padroeiro do Ceará. Pela crença popular, se houver chuva durante o feriado, o ciclo da quadra chuvosa – entre fevereiro e maio – tende a ser encerrado com bons índices pluviométricos. Apesar da tradição, a Funceme diz não haver relação científica comprovada entre a simbologia da data e os eventos meteorológicos.

Com informações portal O Povo Online

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