14 de fevereiro de 2022

PDT e PSDB negam divisão nas legendas nas eleições de 2022

Ciro Gomes e João Dória continuam nutrindo esperança de vitória (Fotos: Reprodução/Facebook)

As pré-candidaturas da chamada "terceira via" continuam nutrindo alguma esperança de vitória, principalmente na ala pedetista. Ao Correio, o deputado federal Dagoberto Nogueira Filho (PDT-MS) afirmou que a legenda mantém diálogo com outros partidos para uma eventual federação — na esteira da prorrogação até maio concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para os acordos. O prazo é comemorado também por outras legendas de esquerda, como o PT e o PSB, que passam por um desgaste em meio a duras negociações.

O parlamentar explicou que não há uma divisão dentro do PDT no que tange o pleito de 2022 e até fez um gracejo ao citar uma leve melhora no percentual de intenção de votos do pré-candidato da sigla, Ciro Gomes, frente a Sergio Moro (Podemos). Na mais recente pesquisa Quest/Genial, ambos empatados com 7%. Antes, Moro estava com 9% e Ciro com 5%. "Muito pelo contrário, ele deu uma subidinha. Tá todo mundo junto com Ciro", disse.

Com alguma coerência, tanto Dagoberto quanto o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) concordam sobre a busca do ex-presidente Lula (PT) pelo centro, mas em diferentes perspectivas. O deputado afirma: "Agora precisa ver que tipo de centro ele [Lula] está buscando. Não pode buscar quem já prejudicou ele [Lula] no passado. Tem gente que ideologicamente não concorda, mas são pessoas [chapa Lula-Alckmin] decentes". Para o senador, o desembarque e uma eventual chapa com o petista é uma surpresa irracional. "Uma decisão pessoal pensada com fígado e uma incoerência com a história [de Alckmin]", criticou.

Uma ruptura no seio no tucanato, para Izalci, não deveria ser cogitada, já que todos aceitaram as regras das prévias do partido, incluindo o senador José Aníbal (PSDB-SP), que hoje sinaliza apoio pela candidatura de Simone Tebet (MDB-MS).

O professor de relações institucionais do Ibmec Brasília Eduardo Galvão chama atenção para o fato de que, pela primeira vez, os dois principais candidatos às eleições presidenciais já ocuparam a cadeira no Palácio do Planalto antes.

"Isso reduz a incerteza no eventual governo de cada um deles. Mas um novo presidente Lula e um novo presidente Bolsonaro não serão como foram nos seus primeiros mandatos", explicou.

Já para os ditos candidatos da terceira via, de acordo com a colunista especializada em política Dora Kramer, Ciro é pressionado a desistir da candidatura há um tempo, assim com Doria — este pela ala perdedora.

Com informações portal Correio Braziliense

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