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25 de fevereiro de 2022

Lula, Moro e Ciro condenam ataque na Ucrânia e Bolsonaro desautoriza Mourão

 

Bolsonaro disse que "nas próximas horas" fará uma reunião para analisar a situação  (Foto: Reprodução/Facebook)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e vários pré-candidatos a ocupar o cargo dele se manifestaram sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia. Bolsonaro desautorizou o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) por ter se manifestado sobre o assunto. Mais cedo, Mourão disse que o Brasil respeita a soberania da Ucrânia.

"Quem fala dessa questão chama-se Jair Messias Bolsonaro. Mais ninguém fala. Quem está falando, está dando peruada naquilo que não lhe compete", criticou o presidente em transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Bolsonaro disse, ainda, que "nas próximas horas" fará uma reunião para analisar a situação. "O artigo 84 da Constituição diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente. Com todo respeito a essa pessoa que falou isso, e eu vi a imagem, falou mesmo, está falando algo que não deve. Não é de competência dela, é de competência nossa", afirmou.

Em conversa com jornalistas, na manhã desta quinta-feira, 24, Mourão negou que o Brasil não tenha tomado posição sobre o conflito. "O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade", destacou.

Bolsonaro, porém, evitou criticar a Rússia pelos ataques. Na transmissão ao vivo, ele disse que é "da paz" e destacou o diálogo com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a quem visitou na semana passada.

Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou a recente visita de Bolsonaro à Rússia, durante entrevista à rádio Supra FM, de Luziânia (GO). "O Bolsonaro foi lá (na Rússia) dizer que ia resolver a paz, e agora acho que é importante mandar ele lá pra Ucrânia para ver se ele consegue resolver o problema lá", disse Lula.

Em Moscou, no dia 16, Bolsonaro insinuou uma falsa relação entre a viagem e a retirada de forças militares de Moscou da fronteira da Ucrânia. "Mantivemos nossa agenda e, por coincidência ou não, parte das tropas deixaram as fronteiras. Entendo que tudo indica grande sinalização de que um caminho para a solução pacífica se apresenta no momento para Rússia e Ucrânia", afirmou o presidente na ocasião. Lula criticou a tentativa de resolver a situação pelas armas.

O ex-juiz e pré-candidato à Presidência pelo Podemos, Sergio Moro, foi às redes sociais na manhã de ontem repudiar os ataques. "Repudio a guerra e a violação da soberania da Ucrânia. A paz sempre deve prevalecer", disse.

O ex-ministro e pré-candidato do PDT a Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou que "não existe mais guerra distante e de consequências limitadas" e pediu preparação para os reflexos desse conflito no País, "muito especialmente por termos um governo frágil, despreparado e perdido".

O pedetista concentrou sua crítica em como o governo brasileiro vai lidar com a questão.

Com informações portal O Povo Online

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