Deputados estaduais confirmaram que aguardam apenas o desenrolar das tratativas em torno dos partidos para selar os destinos (Foto: Júnior Pio)
Quando o Carnaval passar, terá início uma gincana partidária cujo desfecho pode alterar significativamente o quadro político no Ceará para a disputa eleitoral. Conhecido como janela, o intervalo que vai de 3 de março a 1º de abril mexerá tanto na oposição quanto na situação.
Em ano de disputa pela sucessão do governador Camilo Santana (PT), que deve concorrer ao Senado, o campo oposicionista tenta se agrupar em torno de um partido mais robusto, que, a depender ainda de articulações em Brasília, tende a ser o União Brasil (UB).
Mega legenda fruto da fusão entre PSL e DEM, o UB pode receber a maior fatia da representação parlamentar do PSDB no Ceará, tornando-se o grande polo aglutinador do bloco que tenta defenestrar a aliança governista do poder.
Em conversa com jornal O POVO, deputados estaduais confirmaram que aguardam apenas o desenrolar das tratativas em torno do comando do partido para selar o destino. Um deles é Danilo Forte, deputado federal tucano que assumiu mandato com a renúncia do hoje prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, outro nome que deve migrar para o União Brasil.
"Eu já me separei duas vezes na minha vida e nunca falei de uma ex. Eu não posso falar agora", despista Forte. O deputado admite, porém, que o caminho para o UB é "o que está mais avançado e bem encaminhado". E assegura: "A decisão já está tomada por todo o grupo da oposição no Ceará".
Fernanda Pessoa, deputada estadual social-democrata e filha de Roberto Pessoa, deve seguir o mesmo traçado. A parlamentar, contudo, evita cravar qualquer afirmação antes de os dirigentes da legenda baterem o martelo — leia-se, Luciano Bivar e ACM Neto, que ainda debatem sobre a formação dos diretórios estaduais da agremiação e têm, ao final, a palavra definitiva. "Vamos aguardar uma definição nacional", disse à reportagem.
Além da deputada, de Forte e de Pessoa, estão com as malas prontas para o partido os deputados federais Vaidon Oliveira e Capitão Wagner, ambos do Pros. Antes sondando o UB, o estadual tucano Nelinho Freitas anunciou filiação ao MDB.
Wagner tenta arrebatar o União Brasil e garantir a presidência estadual da legenda. Pelas redes sociais, chegou a publicar a reprodução da ficha de filiação ao UB e escreveu: "Um momento novo, um desafio enorme: unir para na festa da democracia apresentar as ferramentas capazes de gerar oportunidades, alcançar uma saúde eficaz, resgatar nossos jovens. Venha nos ajudar a construir um Ceará sem medo". Questionado se a ficha indicava a filiação à nova legenda, o deputado respondeu: "Sim".
Oficialmente, no entanto, o União Brasil ainda não decidiu sobre quem vai liderar o partido no Ceará. Além de Wagner, o senador em exercício Chiquinho Feitosa (DEM) pleiteia a função.
Próximo do Palácio da Abolição, Feitosa ocupa o mandato durante licença de Tasso Jereissati (PSDB).
Wagner, todavia, está confiante. "Acredito que nos próximos dias será nomeada a comissão provisória até que nós, que temos mandato, possamos migrar", respondeu.
Caso tenha sucesso no movimento, pavimentando a estrada para o União Brasil na oposição, o deputado chegará reunindo mais apoio do que em pleitos anteriores.
Cotado para trocar de partido pelo risco de o Solidariedade não emplacar um deputado, Genecias Noronha negou que mantivesse conversas com o PSD de Domingos Filho ou com qualquer outra legenda
Os
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ao comando do partido de Jair Bolsonaro no Ceará. Ele tenta formar um palanque
para o chefe do Executivo no Estado
Com
informações portal O Povo Online
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