7 de fevereiro de 2022

Em visita ao Juazeiro Sergio Moro criticou Lula e Bolsonaro e evitou polemizar com Ciro Gomes

Sergio Moro em entrevista coletiva, ao lado de Glêdson e Eduardo Girão (Foto: Divulgação/Podemos)

Em visita a Juazeiro do Norte ontem (06/02) o ex-ministro da Justiça e pré-candidato Sergio Moro (Podemos) afirmou que não considera Ciro Gomes (PDT) como um adversário direto na disputa pela Presidência em 2022. "Acho que os reais adversários são Lula e Bolsonaro. Nós queremos romper essa polarização. Porque o Brasil não é isso, essa polarização tem feito as pessoas se dividirem entre amigo e inimigo, como se o mundo pudesse ser dividido entre petistas e bolsonaristas", declarou o ex-juiz, que está no Ceará pela primeira vez desde que se colocou como alternativa eleitoral.

Ao lado do senador Eduardo Girão, do prefeito de Juazeiro Glêdson Bezerra e do empresário Geraldo Luciano, todos do Podemos, Moro fez referência a seu crescimento nas pesquisas de intenção de voto, nas quais aparece empatado ou à frente de Ciro - os dois tentam se cacifar como postulantes da chamada terceira via. "Já estamos em terceiro lugar", declarou Moro em coletiva, "e nosso projeto tem esse potencial de atender aqueles que não querem nem Lula e nem Bolsonaro, e esse é nosso foco".

Pelas redes sociais e em entrevistas, Ciro tem desafiado Moro a debater questões que considera importantes e temas que devem se impor na campanha eleitoral, como crescimento econômico e saúde. O ex-magistrado, no entanto, tem evitado responder ao pedetista.

No município cearense, Moro cumpriu roteiro de pré-candidato: conversou com apoiadores e recebeu de presente um busto de Padre Cícero, entregue pelo prefeito e correligionário. Do aeroporto, seguiu para o horto municipal, onde visitou a estátua do religioso cuja origem foi confundida por Bolsonaro na última transmissão ao vivo, na qual afirmou que o padre havia nascido em Pernambuco, e não no Ceará.

Em sua passagem pelo estado, que se estende até amanhã, o pré-candidato também criticou o ex-presidente Lula, a quem chamou de "símbolo de impunidade", e o Supremo Tribunal Federal (STF), cujas decisões em favor do petista o ex-magistrado chamou de equivocadas.

Sobre o presidente Jair Bolsonaro, Moro não se disse arrependido de tê-lo apoiado e integrado o seu governo, mas considerou que, uma vez eleito, o chefe do Executivo não havia levado adiante promessas de enfrentamento à corrupção.

Principal articulador da visita de Moro, o senador Eduardo Girão elogiou o colega ("é preparadíssimo, uma pessoa humilde") e respondeu que o ex-juiz está disposto a conversar. "A gente viu uma identidade dele e uma energia com as pessoas, ele quer saber os problemas. Vamos fazer muito isso nesses próximos dias", contou.

Para ele, Moro é "uma pessoa que tem uma folha de serviço prestado à nação, de bem e que está tendo muita coragem em se colocar como alternativa num cenário nebuloso, de tanto esgarçamento e polarizado".

Ainda no Cariri, Moro se dirige aos municípios de Barbalha e Crato, de onde segue para Limoeiro do Norte, Morada Nova e Fortaleza, aonde chega na terça, 8. Na capital cearense, ele participa de lançamento de livro e de debates, além de reuniões com dirigentes do Podemos para discutir os cenários eleitorais nacional e local.

Com informações portal O Povo Online

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