Bolsonaro em Jati, ao lado de parlamentares cearenses e ministros (Foto: Aurélio Alves) |
Ontem, o presidente reuniu seu staff mais próximo, incluindo ministros como Gilson Machado (Turismo), que recebeu título de cidadão de Fortaleza na semana passada, e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), cotado para concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Norte.
Aos apoiadores, Bolsonaro voltou a criticar governadores, atacou o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reiterou que, se dependesse unicamente do Governo Federal, o passaporte vacinal não seria uma exigência.
"No tocante à vacina contra a Covid", declarou o mandatário, "toda e qualquer vacina foi comprada pelo governo federal, e nós disponibilizamos para vocês de forma não obrigatória. Cada um que fizesse seu juízo e tomasse ou não a vacina, é um direito de cada um de vocês, jamais o governo vai exigir de vocês passaporte vacinal".
Dos apoiadores cearenses, estiveram presentes os deputados federais Capitão Wagner (Pros), Domingos Neto (PSD) e Jaziel Pereira (PL), os estaduais Silvana Oliveira (PL) e Delegado Cavalcante (PTB) e o vereador Carmelo Neto.
Nos últimos dois dias, Bolsonaro fez novo giro pelo Nordeste, cumprindo roteiro de obras em três estados: Pernambuco, Ceará e, na sequência, Rio Grande do Norte.
Acenando com trunfos como o Auxílio Emergencial e o Auxílio Brasil, o presidente pretende falar diretamente a um eleitoral mais vulnerável economicamente e angariar simpatia, sobretudo depois de cometer gafe sobre a origem de Padre Cícero e de ter empregado termo pejorativo relacionando-o ao povo do Nordeste.
Em discurso em visita a Jati, no Ceará, o presidente Jair Bolsonaro (PL) enfatizou os benefícios pagos pelo Governo Federal. "Um ano de auxílio emergencial correspondeu a 15 anos de Bolsa Família", disse ele, destacando o "novo Bolsa Família", o Auxílio Brasil.
Bolsonaro frisou também a importância do Auxílio Emergencial durante a pandemia e novamente criticou o fato de as pessoas terem sido obrigadas a ficar em casa, como medida sanitária recomendada pelos especialistas em saúde.
O presidente citou ainda o perdão de até 92% das dívidas do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).
O evento de ontem marcou a retomada da liberação das águas da transposição do rio São Francisco para o Cinturão das Águas, no Ceará.
Em referência a discurso feito logo antes pelo deputado Capitão Wagner (Pros), Bolsonaro disse que responderá com realizações aos ataques que sofrer. Wagner disse antes que, a cada ataque, apresentará uma proposta. Ele é pré-candidato a governador do Ceará, com apoio do presidente.
Bolsonaro falou que o governo brasileiro tem cada vez mais credibilidade no exterior, segundo ele, com obtenção de recursos externos.
E afirmou sobre a equipe de governo: "Todos os ministros foram escolhidos com critérios técnicos", reconhecendo que frustrou a expectativa dos políticos com isso. Como exemplo de sua preocupação com as famílias, mencionou a escolha da "pastora Damares (Alves)" como ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Bolsonaro fez críticas mais incisivas ao ex-presidente Lula e ao PT, responsabilizando-os pelo que chamou de prejuízo de 50 vezes o valor da orçado da transposição, segundo cálculos do presidente.
"O endividamento da Petrobras, ao longo de 14 anos daquele partido de esquerda", estimou, "foi de 900 bilhões de reais. Levando-se em conta que a transposição está orçada em 14 bilhões de reais, equivale que, aquilo desviado da Petrobras ou mal administrado, daria para fazer 50 transposições do São Francisco".
"Olha o atraso que o Brasil experimentou há pouco tempo, com pessoas que ocuparam a presidência e não tinham qualquer compromisso com vocês. O compromisso era o próprio bolso e um projeto de poder", atacou.
Na visita à região, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se referiu aos nordestinos como: "cabra da peste", "pau de arara", "arataca" e "cabeçudo". "Eu sempre me referi, entre os amigos Cabra da peste, pau de arara. Me chamam de alemão também. Arataca, cabeçudo. Pô, é isso aí", disse Bolsonaro em vídeo divulgado pelo blog Magno Martins, gravado na visita à estação de bombeamento da transposição inaugurada em Salgueiro (PE).
O vice-prefeito de Salgueiro (PE), Edilton Carvalho (Cidadania), cobrou publicamente o presidente Jair Bolsonaro (PL) pela falta da água no município. "Presidente, tenho uma queixa. Nossa cidade está fazendo 18 dias sem ter água e não se resolve o problema." O ministro do Turismo, Gilson Machado, responsabilizou o governador Paulo Câmara (PSB).
Já
no Ceará, Bolsonaro afirmou que a falta de água não é mais um problema para o
Nordeste.
Com
informações portal O Povo Online
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