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15 de fevereiro de 2022

Ciro Gomes e Sérgio Moro criticam viagem de Bolsonaro à Rússia

Para Ciro é "indecente turismo", já Moro considera um "constrangimento para a diplomacia" (Foto: Reprodução/Facebook)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) embarcou ontem (14/02) para a Rússia. A viagem ocorre em meio ao aumento da tensão militar entre o governo de Vladimir Putin e a Ucrânia. O chefe do Poder Executivo, contudo, usou a pauta comercial para justificar a ida a Moscou. Na Base Aérea de Brasília, antes de partir para o exterior, Bolsonaro fez a transmissão de cargo para o vice-presidente Hamilton Mourão, agora presidente em exercício. A viagem foi criticada por seus adversários na corrida presidencial

O pré-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) publicou nas redes que a viagem de Jair Bolsonaro à Rússia "não passará de um indecente turismo com recursos públicos". O pedetista considera ainda que, se Bolsonaro falar o que não deve "como é corriqueiro", ele pode colocar o Brasil "em uma posição delicada com parceiros comerciais importantes".

"Bolsonaro entende tanto de política externa quanto de economia ou de saúde pública. Ou seja, nada. Na melhor das hipóteses, sua ida à Rússia em meio a um dos momentos mais delicados da geopolítica mundial não passará de um indecente turismo com recursos públicos", compartilhou em suas redes. "Seu desejo por exibição e autopromoção pode custar muito caro ao nosso País", continuou.

Já o ex-ministro e pré-candidato à Presidência Sérgio Moro (Podemos) criticou a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia e chamou o chefe do Executivo de "trapalhão". Em publicação nas redes sociais, o presidenciável classificou a visita a Moscou como um constrangimento diplomático para o País, referindo-se à escalada da tensão entre o Kremlin e a Ucrânia.

"Bolsonaro tem a incrível capacidade de estar no lugar errado e na hora errada. Sua inexplicável ida à Rússia neste momento nos antagoniza com todo o Ocidente e é mais um constrangimento para a diplomacia brasileira", publicou Moro.

Epicentro da maior crise diplomática internacional em curso, o país de Vladimir Putin tem seus movimentos acompanhados com atenção pelo mundo ocidental. Em uma conversa de uma hora por telefone no último fim de semana, o presidente dos EUA, Joe Biden, ameaçou o russo de impor "rápidas e severas sanções" ao país em caso de invasão da Ucrânia.

Ontem, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, o presidente voltou a usar a relação comercial do País com o Kremlin para justificar sua ida a Moscou. Além da dependência do agronegócio brasileiro dos fertilizantes russos, o chefe do Executivo também disse que tem questões a tratar sobre defesa e energia. O presidente também afirmou que torce pela paz na região.

Com informações portal O Povo Online

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