O governador Camilo reuniu três ex-governadores no Porto do Pecém (Fotos: Fabio Lima) |
Sobre a principal interrogação acerca das eleições no Ceará — quem será o candidato de situação a governador do Estado — o senador Cid Gomes (PDT) apontou critérios para a escolha.
O irmão de Ciro Gomes (PDT) é o principal negociador das alianças governistas. Segundo ele, nome deverá ser definido a partir de pesquisas de intenção de voto e pela aceitação dos demais partidos da base aliada.
"É desse conjunto de ações, avaliação popular e aceitação entre os demais parceiros que se coligarão conosco, que vai ter a definição de qual deles (quatro pré-candidatos já confirmados pelo PDT) pode ser o candidato", disse Cid.
Atualmente, há quatro nomes colocados pelo PDT: o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão, a vice-governadora Izolda Cela, o deputado federal Mauro Filho e o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio. Evandro e Izolda estavam presentes ao evento. Segundo Cid, todos eles possuem "todos os predicados" necessários para encabeçar a chapa da base aliada.
PT e PDT aprovaram nas últimas semanas o apoio à provável candidatura do governador Camilo Santana a senador. Ele ainda não confirma, mas admite a intenção. Com isso, precisará renunciar ao cargo no começo de abril, para se desincompatibilizar e ficar elegível. A vice-governadora Izolda Cela assumirá o cargo, nesse caso.
Com o PT ocupando a posição de candidato ao Senado na chapa, na equação política do governismo, abre-se a vaga para o PDT indicar o candidato, ou candidata, a governador. Ou governadora. O partido é o maior do Estado, apesar de petistas como os deputados federais José Airton Cirilo e Luizianne Lins insistirem para que o PT tenha candidato próprio a governador, para puxar a campanha estadual de Lula.
Cid não referendou a tese de que, uma vez no cargo de governadora, Izolda terá a prerrogativa de concorrer a reeleição. A hipotética possibilidade foi considerada, em tese, por nomes como o próprio governador Camilo Santana e pelo deputado estadual Zezinho Albuquerque, que provavelmente trocará o PDT pelo Progressistas.
"A Izolda é um dos quatro nomes que o PDT tem colocado para o povo, para as pessoas, para que se tornem conhecidos, e para os parceiros, futuros aliados", disse Cid.
No ano passado, o senador chegou a afirmar que, pelo critério das pesquisas, Roberto Cláudio estava na frente. Porém, já afirmou também para o ex-prefeito estar preparado para concorrer a deputado federal. Em entrevista ao O POVO ainda em 2017, Ciro Gomes colocava RC como o primeiro da fila para concorrer ao governo pelo grupo. Porém, o ex-prefeito tem concorrência, e a resistência de aliados, como o PT, pode atrapalhar.
Sobre a oposição, o senador Cid gostou da exposição dada ao deputado federal Capitão Wagner (Pros) no evento do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Jati, Ceará, na última terça-feira, 8. "Ótima. Está ficando claro para as pessoas o que é o projeto de cada um. O projeto do Wagner é seguir o projeto do Bolsonaro aqui no Ceará. Já tem até slogan: É capitão lá e capitão cá". Cid completou: "Vamos cuidar da nossa vida que a nossa vida tem mais futuro".
Além
de Cid e Ciro, estava presente o terceiro ex-governador, senador Tasso
Jereissati (PSDB). Após período de rompimento, ele se reaproximou dos irmãos
Ferreira Gomes na eleição de 2020 em Fortaleza e deverá estar do lado
governista este ano. Ele recebeu os elogios mais eloquentes no evento. Cid se
referiu a ele como "maior homem público da história do Ceará." Ciro o
definiu como "fundador deste Ceará moderno." Tasso anunciou que não
será mais candidato.
Com informações portal O Povo Online
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