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17 de janeiro de 2022

Retratos de um Ceará que não existe mais

Praça do Ferreira em Fortaleza na década de 1930 (Foto: Arquivo/ Biblioteca Nacional)

Na data em que se comemora o Dia do Ceará, o portal O POVO publicou registros da transformação da paisagem cearense. São registros fotográficos históricos, que mostram imagens do Ceará desde as últimas décadas do século XIX até o início do século XX, chegando até a década de 1930. Registros do fim da província e do surgimento do Estado. Um Ceará que não existe mais.

As imagens são parte do projeto Brasiliana Fotográfica, realizado pela Fundação Biblioteca Nacional em parceria com o Instituto Moreira Salles. Entre as fotos, imagens aéreas que revelam uma Fortaleza sem verticalização. Aspectos das antigas vilas de Messejana e Parangaba. Caminhos da atual Região Metropolitana, com cenas de Maranguape, Eusébio, o antigo Soure, atual Caucaia. Vê-se um estado que era ainda muito rural, com caminhos de terra e construções rudimentares, com espasmos de urbanização.

Imagens da Escola de Aviação Militar, do acervo do Museu Aeroespacial, foram feitas entre 1934 e 1937 e mostram aspectos diversos da Fortaleza de então. A imagem mais familiar é a Praça do Ferreira e do Colégio Militar de Fortaleza, onde se vê o início da região da Aldeota.

Vista aérea do Colégio Militar em Fortaleza na década de 1930 (Foto: Arquivo/ Biblioteca Nacional)

Aspecto de Fortaleza nas primeiras décadas do século XX. Início da motorização. Carro sobre ponte no elegante bairro Jacarecanga.

Ponte do Jacarecanga no começo do século XX (Foto: Arquivo/ Biblioteca Nacional)

Lagoa de Messejana é marco da geografia, dos costumes e até da literatura da Capital. Vista há mais de 100 anos, distante da agitação de um dos bairros mais populosos da cidade no século XXI.

Lagoa de Messejana no começo do século XX (Foto: Arquivo/ Biblioteca Nacional)

A Parangaba, creditada nas imagens como Porangaba, e que também já foi Arronches, foi aldeia indígena e vila portuguesa, assim como Messejana, antes da anexação e transformação em distrito, até atual bairro da Capital.

Estrada da Parangaba no começo do século XX (Foto: Arquivo/ Biblioteca Nacional)

Caucaia era uma aldeia indígena, que passou algum tempo sob administração dos jesuítas. No registro do que hoje é o maior município cearense depois da Capital, ponte que cruza área de mangue.

Pontilhão de cimento armado no mangue na Estrada do Soure no começo do século XX (Foto: Arquivo/ Biblioteca Nacional)


Maracanaú é hoje polo industrial e maior PIB depois da Capital. Na época, era parque do município de Maranguape. A emancipação ocorreu em 1983. Daí a curiosidade da localidade então grafada como Maracanahú.

Vila de Maracanahu em 1919 (Foto: Arquivo/ Biblioteca Nacional)

Maranguape é um município serrano vizinho ao Siqueira, hoje bairro de Fortaleza. Na imagem, antigas construções que acompanham os caminhos das estradas de terra.

Estrada Maranguape/Siqueira no começo do século XX (Foto: Arquivo/ Biblioteca Nacional)

Eusébio cresceu e atraiu indústrias e moradores de Fortaleza, com condomínios de luxo. Tem robusta oferta de serviços. Há aproximadamente 100 anos, são vistas estradas de terra, de aspecto rural e distante da urbanização.

 

Estrada do Eusébio no começo do século XX (Foto: Arquivo/ Biblioteca Nacional)

Guaramiranga era habitada por indígenas. Depois, o café levou as fazendas e o início da urbanização. Ainda é o menor município do Ceará em população, embora a especulação imobiliária cause problemas ambientais. Na imagem turística, a bucólica cidade.

Vila de Guramiranga no começo do século XX (Foto: Arquivo/ Biblioteca Nacional)

Em 17 de janeiro comemora-se o Dia do Ceará, alusão a quando a então província se emancipou, em 1799. 

Com informações portal O Povo Online

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