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24 de janeiro de 2022

Pedetistas avaliam retomada da pré-campanha no Ceará

Cid Gomes e Camilo Santana: aliança que pedetistas defendem que permaneça para 2022 (Foto: Fabio Lima)

Enquanto, nacionalmente, o PDT já tenha como definição a pré-candidatura à Presidência da República do ex-ministro Ciro Gomes, no Ceará, o cenário é diferente. O partido ainda não sinalizou quando irá oficializar o nome do partido que deve tentar a sucessão do governador Camilo Santana (PT) pelo bloco governista. 

O processo de avaliação iniciou em setembro do ano passado, quando a legenda iniciou uma série de encontros regionais com as lideranças pedetistas pelo estado. Do total de 12, o PDT já realizou seis reuniões pelo Ceará, articuladas pelo senador Cid Gomes. A legenda coloca na mesa quatro nomes: Izolda Cela, Roberto Cláudio, Mauro Filho e Evandro Leitão.

Com expectativa de retomar os encontros em fevereiro, o cenário parece incerto devido ao avanço da variante Ômicron. O PDT, porém, precisa manifestar celeridade no processo, principalmente no cenário onde o deputado federal Capitão Wagner (Pros), pré-candidato da oposição ao bloco governista, já avança nas negociações e acordos políticos nas diversas regiões do Ceará, inclusive no Interior.

Nos bastidores, a retomada da pré-campanha pedetista já é comentada por lideranças partidárias. Para o deputado estadual Sérgio Aguiar (PDT), a escolha de um nome deve vir mais adiante, como o que vem acontecendo em eleições anteriores. Nas eleições municipais de 2020, o nome de Sarto foi oficializado em setembro, faltando dois meses para o pleito. "Os nomes do PDT já são bem conhecidos", diz o parlamentar.

Segundo o parlamentar, a vice-governadora deve ter maior visibilidade com a titularidade do cargo a partir de abril, após a saída de Camilo para disputar o Senado. Ele também menciona Mauro Filho como um "experiente político que já disputou uma eleição majoritária para o senado". "Portanto, a oposição tem que se posicionar com mais brevidade mesmo, pois não tem experiência administrativa ou solidez na postulação", completou.

Segundo o deputado Osmar Baquit (PDT), apesar das atuais investidas, a candidatura de oposição pode vir a desidratar mais adiante, visto a baixa popularidade do presidente da República Jair Bolsonaro (PL) no Ceará. Ao programa Jogo Político, Wagner já manifestou tendência de apoio à reeleição do atual chefe do Planalto.

"Bolsonaro tem quase 80% de rejeição no Ceará e isso queira ou não está ligado ao Capitão Wagner. Isso é claro. E quando isso aparecer claramente nos programas eleitorais com certeza vai levar a essa rejeição do Capitão", diz Baquit. Por outro lado, o deputado lembra a atual aprovação popular de Camilo para defender uma aliança com petistas para o projeto político e eleitoral no estado.

"A gente espera também essa questão nacional. Eu torço muito para que PT e PDT continuem juntos no Ceará, não só eles mas outros partidos, até porque você ter no mesmo quadro de alianças, Ciro, Cid, Camilo, Lula, Mauro, Izolda e RC, são pessoas extremamente qualificadas e que fortalece muito", diz o pedetista, ao considerar um mega palanque governista na disputa.

Em entrevista ao Jogo Político, o recém exonerado da Secretaria das Cidades do Governo, o deputado estadual Zezinho Albuquerque (PDT), pediu por mais diálogo entre a cúpula do partido e aliados na escolha do nome que representará o grupo governista na disputa pelo governo cearense. Ele revelou, inclusive, disponibilidade para disputar, eventualmente, o posto de chefe do Executivo. Parlamentares do partido, no entanto, defenderam não faltar diálogo no partido no processo de escolha da candidatura.

Com informações portal O Povo Online

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