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7 de janeiro de 2022

Bolsonaro diz que Anvisa virou um outro poder no Brasil

Em uma entrevista à TV Nova Nordeste, de Pernambuco, Bolsonaro chamou quem defende a imunização de crianças de "tarados por vacina" (Foto: Reprodução/Youtube)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que recomendou a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19. "A Anvisa virou um outro poder no Brasil. É a dona da verdade em tudo", disse o chefe do Executivo em sua primeira transmissão ao vivo semanal nas redes sociais em 2022.

Mais cedo, durante uma entrevista à TV Nova Nordeste, de Pernambuco, Bolsonaro já havia feito críticas à agência. Um dia depois de o Ministério da Saúde anunciar o início da vacinação infantil no País, o presidente chamou quem defende a imunização desse grupo etário de "tarados por vacina". "Qual o interesse da Anvisa?", perguntou.

Durante a live, o chefe do Executivo também voltou a colocar em dúvida a eficácia das vacinas, comprovada cientificamente. Bolsonaro citou casos de reinfecção pelo coronavírus, sem citar que as pessoas imunizadas podem contrair a doença, mas geralmente apresentam sintomas leves.

"Está comprovado que quem está totalmente vacinado pode contrair o vírus, pode transmitir também", declarou. "Vacina é algo que ainda desperta muita desconfiança", acrescentou, ao citar os efeitos colaterais da imunização contra o coronavírus.

Bolsonaro voltou a dizer que não vacinará a filha Laura, de 11 anos. Sem citar nenhum estudo, disse que crianças vacinadas podem sentir dores no peito e falta de ar.

Ainda na transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro disse  que existe um risco de ele ser "eliminado". Ele afirmou que qualquer chefe de Estado tem essa preocupação, mas que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) tem feito um bom trabalho "até o momento".

A fala do presidente foi uma resposta a um questionamento sobre o motivo de ele ter usado um colete balístico durante a coletiva de imprensa que concedeu após receber alta no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde ficou dois dias internado com um quadro de obstrução intestinal.

"Que existe o risco de eu ser eliminado, isso existe", declarou o presidente, após dizer que não poderia revelar as estratégias da equipe GSI para mantê-lo seguro.

"Em 2018, nós começamos a crescer nas pesquisas eleitorais e chegou a um ponto em que o outro lado entendeu que a gente tinha ganho as eleições. Aí tentaram me matar", disse Bolsonaro, em referência à facada sofrida por ele em setembro daquele ano, em Juiz de Fora, Minais Gerais.

Ele voltou a cobrar que a Polícia Federal elucide o caso e aponte os supostos responsáveis pelo atentado, cometido por Adélio Bispo de Oliveira.

Com informações portal O Povo Online

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