As mentiras, os péssimos indicadores econômicos e a gestão da pandemia deverão acompanhar Bolsonaro na eleição de 2022 (Foto: Reprodução/Facebook) |
Desde 2013, vivemos uma crise política de grandes proporções. As estruturas, a lógica e os caminhos do jogo político na Nova República foram sacudidos. Das manifestações de 2013 ao último ano do governo Bolsonaro, o que aprendemos sobre a política brasileira teve que ser profundamente revisto ou atualizado.
Estamos diante de fenômenos novos e outros que não haviam sido percebidos com nitidez. A pauta conservadora, as fake news, o papel dos militares, a politização da justiça e a reconfiguração do que se convencionou chamar de "presidencialismo de coalizão". Seriam fenômenos passageiros ou demarcadores de uma nova era da política nacional? 2022 poderá oferecer respostas para esses dilemas.
As pesquisas de opinião apontam para uma disputa com Lula na liderança. O segundo lugar ficaria entre Bolsonaro e algum nome da chamada terceira via - que, por sinal, ainda não decolou, facilitando a vida do capitão.
Os péssimos indicadores econômicos e a gestão da pandemia deverão acompanhar Bolsonaro na eleição de 2022, obrigando-o a respostas minimamente contundentes para um público não sectário. O discurso democracia versus autoritarismo ganhará espaço. Também por isso, Lula se move para o centro, rasgando a ideia de polarização, somando apoios com potencial para reduzir sua rejeição e facilitar um eventual governo.
De qualquer forma, para impedir a reeleição de Bolsonaro, faz-se necessário apresentar um projeto consistente e moderno para desafios reais em áreas como educação, saúde, desigualdades sociais e segurança pública, além de buscar o diálogo direto com o "bolsonarista arrependido".
O resultado das eleições de 2022 será um teste para as instituições democráticas. Caso o sonho da reeleição de Bolsonaro naufrague, uma parcela barulhenta da sociedade não aceitará o desfecho. Alguma manobra deverá ser tentada.
Se for reeleito, podemos esperar uma maior pressão sobre o aparato republicano, práticas ultraliberais e mais crises políticas e econômicas. Se a oposição ganhar, mesmo com uma agenda mais progressista, terá pouca margem de barganha, tendo que negociar com um Congresso mais conservador e uma série de freios orçamentários. De uma forma ou de outra, o centrão estará de braços abertos aguardando o vencedor!
Com
informações portal O Povo Online
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