Para
o senador Tasso as mortes pela Covid-19 foram consequência direta do atraso do governo Bolsonaro na compra de vacinas (Foto: Pedro França) |
A CPI da Covid entra na reta final e se prepara para votação do relatório de Renan Calheiros (MDB-AL), prevista para o próximo dia 26. Convidado a fazer um balanço dos seis meses de investigação, o senador cearense Tasso Jereissati (PSDB) elogiou os trabalhos e adiantou ao jornal O POVO que votará a favor do documento, apesar de divergências "aqui ou ali", o que segundo ele "é natural".
Para Tasso, a comissão foi fundamental para que houvesse "uma reversão de expectativa grande no País, principalmente na questão da vacinação."
"Com certeza, se não fosse o início dos trabalhos da CPI a nossa vacinação estaria muito mais atrasada hoje, e (a CPI) levou a uma mudança importante nessa questão", avaliou o tucano.
As mortes geradas pela Covid-19, segue o senador, foram consequência direta do atraso do governo Bolsonaro na compra de vacinas, um aspecto da crise sanitária evidenciado pela comissão de inquérito.
"E o mais dramático é ao meu ver, apesar dessa questão agora da Prevent Senior, ainda continua sendo a maneira como foi enfrentada a crise de Manaus, onde as pessoas morriam sufocadas sem atendimento".
O
relatório da CPI da Covid não será mais lido nesta terça-feira e votado amanhã
como previsto anteriormente. Há divergências quanto ao teor do documento no
interior do grupo majoritário de sete senadores críticos ao modo como o governo
Bolsonaro maneja a pandemia. A nova agenda então envolve os dias 20 e 26 deste
mês. A primeira data para a leitura do relatório e a segunda para a votação.
As diferenças de percepção ficaram evidenciadas após o vazamento do parecer de Renan Calheiros (MDB-AL) para o jornal O Estado de S. Paulo, ontem, fator de mal-estar para o chamado "g7". O adiamento servirá para que o grupo possa dirimir as discordâncias e caminhar rumo a um consenso.
Dessa
forma, os senadores escutarão hoje familiares de pessoas mortas pela covid-19.
Na terça, dia que precede a leitura do relatório, fala à comissão Helton da
Silva Chaves, do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Presidente
da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM) acrescentou mais uma justificativa para o novo
cronograma. Em nota nas redes, disse que conversou com juristas e com o
vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), concluindo que a
CPI poderia ser acionada judicialmente caso o tempo para análise de um
documento extenso, com mais de mil páginas, fosse de somente um dia.
Com
informações portal O Povo Online
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