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25 de outubro de 2021

PDT não tem "candidato natural" para 2022 no Ceará, diz Cid Gomes

 

 Cid Gomes coordenou em Crateús e São Benedito evento do PDT
com pré-candidatos (
Foto: Reprodução/Twitter)

Principal articulador da estratégia eleitoral do PDT no Ceará, o senador Cid Gomes (PDT) destacou que o partido não possui um "candidato natural" para a disputa de 2022 pela sucessão de Camilo Santana (PT) no Estado. Durante o fim de semana, o pedetista coordenou encontros da sigla em Crateús e em São Benedito.

"Quando não há um candidato natural, a gente tem que conversar com as pessoas, ouvir as pessoas, buscar alianças e ouvir também os aliados", destacou Cid ao chegar no evento em Crateús, que teve participação de três pré-candidatos do PDT - o ex-prefeito Roberto Cláudio, o secretário Mauro Filho (Fazenda) e o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão.

Os encontros seguem uma série de eventos regionais que o partido tem realizado pelo Interior, de olho em organizar a estratégia para 2022. Afirmando não desejar que os atos virem uma "disputa" entre pré-candidatos, Cid "rasgou" elogios para todos os postulantes pedetistas e destacou que a prioridade do partido hoje deve ser a busca por diálogo entre filiados e outros partidos, com destaque ao PT no Ceará.

"Estamos começando um processo, não necessariamente para definir candidatura do PDT, mas para ouvir o sentimento das nossas bases do PDT. Enquanto isso a gente tem que conversar também com outros partidos. Nós temos um planejamento de alianças, e nele a aliança com o PT é nossa primeira preocupação da nossa parte", disse Cid.

"Até para deixar o governador Camilo tranquilo. No que depender da gente ele é candidato ao Senado, importante que a gente esteja em uma aliança só, embora tenhamos divergências no plano nacional", disse Cid, que chegou a afirmar, durante o evento, que o senador Tasso Jereissati (PSDB) não será candidato à reeleição.

"Tasso nem será mais candidato. O Camilo deverá ser e se Deus quiser vai bater o recorde dos recordes da votação, vai ter 80% dos votos no Ceará, que isso ajuda para ele ter força lá. E o entendimento é que, se o Camilo, do PT, vai ser o candidato a senador, é natural que o candidato a governador seja do PDT, não que isso seja uma imposição", disse.

Nesse sentido, Cid destaca a importância de que a aliança seja formal, registrada na Justiça Eleitoral. "Senão fica meio capenga, o governador não pode pedir voto para senador e o senador não pode pedir. Então para acabar com essa coisa tem que coligar", disse.

Falando sobre as divergências entre PT e PDT no campo nacional, Cid destacou as campanhas de 1998 e 2002, quando tanto Ciro Gomes (PDT) quanto Lula (PT) eram candidatos à Presidência. "Eu era prefeito de Sobral, tinha aliança com o PT, o Ciro era candidato à Presidência e o Lula também. E a gente conseguiu conciliar", disse.

"Cada um trabalhando para o seu candidato, e respeitando o projeto local. Isso é o que a gente imagina que deve ser feito no nosso plano de alianças agora. O PT é o aliado preferencial, mas vamos conversar com outros partidos", disse ainda, minimizando petistas locais que questionam a manutenção da aliança. "A maioria do PT quer isso", diz.

Dos quatro pré-candidatos do PDT, apenas Izolda Cela (PDT) não compareceu ao evento de Crateús do último sábado, 23. Além de Roberto Cláudio, Mauro Filho e Evandro Leitão, diversas lideranças do partido, como os deputados federais André Figueiredo e Leônidas Cristino e os deputados estaduais Guilherme Landim, Jeová Mota, Marcos Sobreira e Queiroz Filho, participaram das reuniões desse fim de semana.

Segundo a assessoria do senador Cid Gomes, o PDT continua com a agenda de reuniões por todas as regiões do Ceará nas próximas semanas. Antes de Crateús e São Benedito, foram visitadas as regiões do Cariri e Centro-Sul, com encontros nos municípios de Barbalha e Brejo Santo.

Com informações portal O Povo Online

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