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2 de outubro de 2021

"Não é lacrando nas redes sociais que resolveremos os problemas", diz presidente do Senado

Para Rodrigo Pacheco, país precisa de tranquilidade nas relações entre as instituições para conseguir êxito no enfrentamento de problemas (Foto: Marcos Vieira)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defendeu “estabilidade” e “trabalho” como caminhos para uma recuperação econômica e a solução de problemas urgentes, como o preço dos combustíveis e a alta da inflação. Ele disse que esses dois fatores são fundamentais também para o avanço de pautas como a reforma do Imposto de Renda e as discussões sobre o Auxílio Brasil, programa destinado a substituir o Bolsa Família e turbinar os recursos transferidos às famílias em situação de pobreza.

Em Gramado (RS), onde participou, ontem, do encerramento do evento “O Ministério Público de Uma Nova Era: Reflexões e Projeções”, o parlamentar afirmou que os “inimigos” que os Poderes da República precisam enfrentar são a pressão da inflação, o câmbio, o desemprego, a fome, a miséria e as crises hídrica e energética.

“O Congresso tem ciência do momento que nós estamos vivendo e temos sido absolutamente colaborativos com os demais Poderes, em especial com o Poder Executivo, para cumprir a missão de resolver esses problemas. Temos foco na implantação de um programa social que substitua ou incremente o Bolsa Família para dar valor de compra à população”, disse o presidente do Senado, durante entrevista à Rádio Gaúcha.

Na avaliação de Pacheco, o “ponto alto” da crise institucional já passou. Ele disse que a carta do presidente Jair Bolsonaro à nação, após as tensões do 7 de Setembro, foi um passo importante no caminho da estabilidade. O senador disse que também contribuiu para a pacificação a decisão dele de arquivar o pedido de impeachment apresentado pelo chefe do governo contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Considero que o ponto alto da crise, o ponto de estresse maior foi controlado. Não é ‘lacrando’ nas redes sociais, fazendo discursos intempestivos, gerando instabilidade e crise onde não tem que vamos resolver os problemas. Isso não vai levar o Brasil a lugar nenhum. Estamos precisando de união, respeito, responsabilidade, otimismo e trabalho. Vamos trabalhar que a gente dá conta de resolver os problemas do Brasil”, frisou.

Questionado sobre quais são as medidas necessárias para a solução do problema da alta dos combustíveis e a escalada da inflação, Pacheco citou a “estabilidade” como forma de retirar a pressão sobre o câmbio, o que, segundo ele, é um dos passos que podem ajudar na queda do valor do dólar ante o real. O presidente do Senado também cobrou uma atuação social da Petrobras e defendeu a revisão da tributação dos combustíveis.

“A Petrobras não pode ser só uma empresa que pensa em lucro o tempo inteiro e distribuir dinheiro para acionistas. Ela tem que ter um papel social de estabilização do preço dos combustíveis. Estamos em estudo em relação a uma (discussão tributária sobre combustíveis). Vamos buscar uma equação. O ponto mais importante de tudo é a estabilidade. Ter uma estabilidade institucional para alavancar a economia”, explicou o senador.

Com informações portal Correio Braziliense

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