Renato Roseno considera fundamental derrotar o bolsonarismo em nível nacional e frear a sua expansão em nível local (Foto: Paulo Rocha) |
O deputado estadual Renato Roseno afirma ser favorável a uma candidatura própria de seu partido, o Psol, para disputar as eleições a governador em 2022. Conforme o parlamentar, a participação seria uma “alternativa popular” ao nome apoiado pelo governador Camilo Santana (PT) e ao projeto de oposição encabeçado pelo deputado federal Capitão Wagner (Pros). Enquanto isso, o presidente da sigla, Alexandre Uchôa, vem numa linhada mais cautelosa e defende um “esforço maior pela unidade” entre os partidos de esquerda.
Roseno declarou, ao jornal O POVO, considerar fundamental “centrar esforços” para derrotar o bolsonarismo em nível nacional e frear a sua expansão em nível local. A candidatura própria para governador, segundo ele, visaria aumentar a participação popular “na deliberação das políticas e na cultura democrática na sociedade”. A proposta é se diferenciar da atual aliança entre PDT e PT, que, segundo Roseno, “dá sinais de repetição, sem autocrítica nem renovação substantiva”.
Ao mesmo tempo, Roseno lembra que uma candidatura do Psol precisa contrastar com a “oposição de extrema-direita bolsonarista”, que, de acordo com ele, “agrega as expressões mais reacionárias da sociedade''.
Como
parte da autocrítica que faltaria ao atual governo, Roseno destaca “a elevada
concentração de renda, a queda da agricultura familiar e dos pequenos
empreendimentos, os investimentos pesados em segurança pública ostensiva em
detrimento de medidas preventivas e promoção social”. Ressalta, também,
perceber uma tendência a gastos nocivos ao meio-ambiente.
O presidente estadual do Psol, Alexandre Uchôa, por sua vez, ressalta que a sigla “tem uma inclinação pela candidatura própria historicamente. Mas, com o crescimento da extrema direita no Ceará, exige de nós um esforço maior pela unidade”. De acordo com Alexandre, a candidatura do PSol “não é uma questão de preferência, e sim de cenário”. Caso haja possibilidade de ocorrer uma disputa de programa, a viabilidade da candidatura será, de fato, avaliada pelo partido, mas tudo dependerá do crescimento da “extrema direita” nas pesquisas.
O
partido já se fez presente em quatro disputas consecutivas pelo comando do
Palácio da Abolição. A melhor performance foi em sua estreia, em 2006, com
Renato Roseno obtendo 2,75% dos votos. Cid Gomes se elegeu no primeiro turno.
Já
em 2010, o nome do PSol foi Soraya Tupinambá, com 0,97% de votos. O governador
eleito no primeiro turno foi Cid Gomes (PSB), com 61,27% da preferência dos
cearenses.
Em
2014, foi a vez de Ailton Lopes concorrer para governador. Nesta eleição, 2,4%
dos eleitores cearense o escolhem no primeiro turno. O segundo turno foi
disputado entre Camilo Santana (PT) e Eunício (PMDB), com vitória do petista.
Por
fim, na eleição passada, em 2018, Ailton Lopes concorreu novamente pelo Psol,
conquistando 2,10% dos votos, o que corresponde a 90.611 eleitores. O vencedor
foi o atual governador Camilo Santana (PT), com 79.96% do eleitorado já no
primeiro turno.
Com informações portal O Povo Online
Leia também:
Políticos celebram nas redes sociais o Dia do Nordestino
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.