Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU ( |
A imagem internacional do Brasil nunca esteve tão ruim. Isso é fato, não é tese "dos comunistas" nem conspiração da mídia global contra Bolsonaro - haja autoestima para acreditar nisso. Nos últimos anos, o presidente ficou do lado dos rebuliços antidemocráticos de Trump (que acabou derrotado), falhou em responder anseios de líderes europeus sobre a Amazônia e virou alvo número um de basicamente qualquer músico ou estrela de Hollywood em busca de notoriedade no ativismo ambiental.
A cúpula da ONU tinha como objetivo discutir vacinas e energias renováveis. Era, portanto, oportunidade ímpar para o Brasil resgatar parte da estima internacional. De falar de ações contra o desmatamento, que o ministro investigado por facilitar exportação criminosa de madeira foi afastado, de dizer que o Brasil é um ambiente promissor para negócios, uma vez que o SUS garante avanço rápido da imunização da população - apesar das investidas do próprio presidente contra vacinas.
Em vez disso, tivemos mais um repeteco do velho Bolsonaro, obcecado pelas próprias pautas e pela própria reeleição. Se líderes mundiais esperavam compromissos sobre Meio Ambiente, receberam uma lenga lenga anacrônica sobre a "dominação socialista". Conceitos que praticamente não são discutidos fora do Brasil, como "tratamento precoce" e "autonomia médica", sobraram na fala. Isso sem contar os inúmeros outros vexames, desde o "cotoco" de Queiroga, a pizza na calçada, até a farra da Covid na comitiva do País, que a cada dia soma novos "positivados" com a doença.
Publicado
originalmente no portal O Povo Online
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