A saída do cearense do páreo foi oficializada ontem, em evento no Instituto Teotônio Vilela, em Brasília (Foto: Reprodução/Twitter) |
O senador cearense Tasso Jereissati oficializou ontem (29/09), em evento no Instituto Teotônio Vilela, em Brasília, a saída das prévias do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) que escolherá do candidato da sigla à Presidência no ano que vem. No mesmo ato Tasso declarou apoio ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Permanecem na dinâmica partidária o governador de São Paulo, João Doria, o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, além de Eduardo Leite.
Pelas redes sociais, Tasso escreveu ontem (28/09) que "chegou a hora de o PSDB reativar o espírito da sua fundação", que, para ele, está representado "na candidatura de Eduardo Leite nas prévias do partido".
Segundo o senador, Eduardo Leite, de quem é próximo e cujas candidaturas já ajudou financeiramente, "representa dinamismo, juventude e força de vontade".
"O Brasil de hoje espera realmente uma coisa nova, um momento novo. E nós vemos na sua candidatura uma pessoa com todas as qualidades que o homem público tem para nos representar", posicionou-se Tasso, acrescentando: "Não sou candidato nas prévias do PSDB, mas isso não quer dizer que não estou na luta".
O tucano então assegurou que fará parte, mesmo ausente da corrida eleitoral, da construção de uma candidatura competitiva para 2022. E, mais uma vez, postulou que o nome de Leite reúne qualidades que o colocam numa posição de negociação mais vantajosa e aberta a outras forças políticas.
"Estou na luta com todos os companheiros por entender que a pessoa que representa o PSDB legítimo, histórico e o PSDB do futuro é o governador Eduardo Leite", concluiu.
Durante o evento, o ex-governador do Ceará chegou a fazer críticas ao Governo Federal. "O Brasil está numa rota de naufrágio em todos os sentidos. Todos os nossos valores se deterioraram", afirmou.
Em sua fala, Leite fez discurso moderado e assegurou que "o Brasil precisa não é de um terceiro polo de radicalização, mas de uma terceira via e um caminho alternativo", referindo-se indiretamente aos nomes de Jair Bolsonaro (sem partido) e Lula (PT).
Já esperada, a saída de Tasso consolida o tucano como fiador de um bloco que tenta criar alternativa dentro do PSDB ao governador João Doria. Conforme estimativas do senador, aproximadamente "80% dos diretórios da legenda" estão com ele ou Leite.
Doria, porém, detém amplo apoio das bancadas da sigla na Câmara e no diretório de São Paulo, o maior do Brasil e também um dos mais influentes. O chefe do Governo paulista conta ainda com a força da máquina do Executivo.
De acordo com tucanos, Doria teria mais dificuldade de agrupar outras legendas e atores políticos do que outros nomes tucanos, como Leite, fator que será determinante para a vitória de uma terceira via em 2022.
Com sua saída das prévias, Tasso praticamente se ausenta de disputa eleitoral no próximo ano, já que o parlamentar cearense já havia antecipado ao jornal "Metrópoles" que não deve concorrer à reeleição para o Senado.
Aos
72 anos, Tasso anunciou, logo após derrota em 2010, que se aposentaria e iria
cuidar dos netos, mas voltou quatro anos depois, elegendo-se senador. Nos
últimos anos, destacou-se sobretudo na votação do marco regulatório do
saneamento e nas sessões da CPI da Covid, da qual faz parte como membro
titular.
Com
informações portal O Povo Online
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