O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, foi o responsável por anunciar o recuo (Foto: Divulgação/MS) |
Uma semana após ter recomendado a suspensão da vacinação de adolescentes contra a Covid-19, o Ministério da Saúde voltou atrás e decidiu, na noite desta quarta-feira, 22, indicar o retorno da vacinação deste grupo. A medida ocorre poucas horas após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter concluído que o óbito de uma jovem de 16 anos, em São Paulo, não teve qualquer relação com a vacina da Pfizer que ela havia recebido poucos dias antes de morrer. De acordo com a agência, a garota sofria de Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PTT), doença autoimune que bloqueia o fluxo de sangue para órgão vitais do corpo humano, como o cérebro, rins e o coração.
Amparado
na avaliação da Anvisa, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo
Cruz, afirmou, durante coletiva de imprensa, em que anunciou a volta da
vacinação no público adolescente, que “os benefícios da vacina para este grupo
são maiores do que os efeitos adversos”.
O auxiliar de Marcelo Queiroga, titular da pasta que cumpre quarentena em Nova York após testar positivo para a Covid-19, disse também que os adolescentes continuarão a ser imunizados exclusivamente com a Pfizer, único imunizante autorizado pela Anvisa para aplicação nesta faixa etária. A pasta também recomendou que os Estados sigam acompanhando casos de adolescentes vacinados para a monitoração de efeitos adversos.
A
decisão de suspender a vacinação do grupo de 12 a 17 anos foi criticada por
governadores, especialistas e entidades ligadas à Saúde, como os conselhos de
secretários de saúde dos Estados (Conass) e Municípios (Conasems), que cobraram
resposta imediata da Anvisa.
Estados e municípios continuaram imunizando adolescentes e ignorando a decisão da pasta. Governos estaduais tinham conseguido no Superior Tribunal Federal (STF) decisão que autorizava a continuidade da vacinação.
Ao
anunciar a retirada dos adolescentes do Plano Nacional de Imunização (PNI), em
coletiva no último dia 16, Queiroga havia justificado a medida com base na
necessidade de investigar possível relação causal entre a vacina e o óbito da
jovem registrado em São Paulo.
No mesmo dia, no entanto, o ministro admitiu, durante a tradicional live das quintas-feiras realizadas pelo presidente, Jair Bolsonaro, que a decisão havia sido tomada a partir de orientação do chefe do Executivo. Posteriormente, em conversa com a imprensa, o chefe da pasta negou que tenha agido sob pressão.
Com
informações portal O Povo Online
Leia também:
Após teste positivo de Queiroga, Governo confirma isolamento de Bolsonaro por ao menos 5 dias
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.