Lideranças cearenses reagem a nota de recuo de Bolsonaro

Camilo Santana, Ciro Gomes, Renato Roseno e André Fernandes em imagens do Facebook

Lideranças políticas do Estado do Ceará se manifestaram sobre a nota do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) batizada de “Declaração à Nação” na qual o Chefe do Executivo afirma que nunca teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes” e que suas palavras “por vezes contundentes” contra Moraes “decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum”.

O governador Camilo Santana (PT) foi um dos primeiros a se manifestar. “Que o gesto do presidente neste dia se transforme em ações práticas de respeito à democracia e às instituições. Ninguém neste país está acima da lei e da Constituição. Ninguém”, escreveu o governador no Twitter.

Para o ex-governador Ciro Gomes (PDT) a nota de Bolsonaro “é a rendição mais ridícula e humilhante de um presidente em toda  história mundial”, diz que a declaração é a prova de que ele não tem mais autoridade política nem moral de governar o país.

“Sinceramente não sei se sua nota traz mais alívio ou vergonha. Não deixa de trazer certo alívio momentâneo,  porque sua covardia, sendo maior que sua irresponsabilidade, nos livra temporariamente  de um desenlace mais dramático. Porém nos traz uma imensa vergonha porque é a confirmação final de que nosso amado Brasil tem - ou tinha - como presidente um personagem insano e destituído de qualquer hombridade moral” escreveu Ciro.

Já o deputado Renato Roseno (PSOL) afirmou que não há solução com Bolsonaro na presidência e que o Brasil não pode viver em constante ameaça, crise e caos.

“Além de mentiroso e golpista, Bolsonaro também é covarde.  Se acha que, com um pedido de desculpas à sociedade brasileira, vai escapar da responsabilização por seus crimes e seus ataques à democracia, está muito enganado. O seu destino é a prisão. E a lata do lixo da história”, escreveu Renato.

Aliado de Bolsonaro, o deputado André Fernandes (Republicanos) publicou foto nas redes insinuando que o recuo do presidente seria parte de uma estratégia do presidente, mas admitindo teor negativo da mensagem. “Um chefe que é capaz deve fingir ser incapaz; se está pronto, deve fingir-se despreparado; se estiver perto do inimigo, deve parecer estar longe”.

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