Pouco mais de sete meses após o início da imunização contra a Covid-19, o Ceará vacinou 78% da população de 18 anos ou mais com pelo menos uma dose. Projeção anunciada pela ex-secretário Estadual da Saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto), era vacinar toda a população adulta até o final de agosto.
Taxa foi obtida a partir da estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados de vacinação são do Vacinômetro, acompanhamento da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), atualizado até a última terça-feira (31/08).
O Estado contava com compra direta de 3 milhões de doses extras da CoronaVac do Instituto Butantan para atingir a meta. Contudo, lote ainda não foi enviado. "Se isso (entrega das doses) se concretizar agora na segunda quinzena de agosto, a gente espera terminar a vacinação até 18 anos até o final de agosto", declarou Dr. Cabeto ainda no início de agosto.
O presidente do Instituto, Dimas Covas, afirmou que entrega de 100 milhões de doses ao Ministério da Saúde para o Programa Nacional de Imunização (PNI) está sendo concluída. Apenas após o cumprimento desse contrato, o Butantan estará apto a fazer a entrega dos imunizantes aos outros compradores, como o Governo do Ceará.
A finalização da entrega ao PNI era prevista até 31 de agosto. Já foram entregues 92,8 milhões de doses. "Temos liberação quase que diária e estamos reprogramando as entregas porque temos outros contratos a serem concluídos, outros estados e outros países", disse em material divulgado pelo Instituto.
Em pelo menos 39 municípios cearenses, os adolescentes de 12 a 17 anos já estão sendo vacinados. Número corresponde a 21% dos 184 municípios cearenses. Conforme o Vacinômetro, 52.448 adolescentes já receberam a primeira dose do imunizante.
No Estado, já foram realizados 545.976 cadastros desse público até as 16h10min desta quarta-feira, 1º, conforme informações do Cadastro Estadual de Vacinação disponível no IntegraSUS, plataforma da Sesa.
A disparidade entre os municípios preocupa, afirma a virologista e epidemiologista Caroline Gurgel, professora do Departamento de Saúde Comunitária da Universidade Federal do Ceará (UFC). "Tem municípios que estão bem avançados e outros que estão retardados. Ou seja, você têm áreas com cobertura vacinal inadequada para falar, de fato, em proteção eficaz. Já que a vacina não confere proteção individual, é uma proteção coletiva", analisa.
Essas lacunas no território, com áreas descobertas ou sem vacinação adequada, são um risco para o surgimento de variantes, com maior quantidade de pessoas expostas. O que torna mais difícil o controle da disseminação, avalia a pesquisadora.
O Estado já aplicou mais de 7,7 milhões de doses em toda a população cearense. Destas, 5.313.779 foram primeira dose (D1), 2.302.596 segunda dose (D2) e 155.943 dose única (DU). Dessa forma, 26,6% da população total — estimada em 9,2 milhões de pessoas na mais recente estimativa do IBGE — completou o esquema vacinal.
Só é possível falar de proteção considerando as pessoas que receberam esquema vacinal completo, principalmente considerando que já há transmissão comunitária da variante Delta, mais transmissível, alerta Caroline.
"É
preciso avançar na testagem para saber o perfil vacinal dos casos mais graves,
com internação, se são da Delta. Saber como é a resposta de quem recebeu uma,
duas doses. É importantíssimo saber quem está se internando, fazer o
sequenciamento de todo mundo que está se internando e ver o perfil vacinal
dessa pessoa", detalha.
Com informações portal O Povo Online
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