A principal preocupação é com a presença de radicais bolsonaristas nos protestos (Foto: Divulgação/SF) |
Com temor de protestos violentos, Senado, Câmara e o Supremo Tribunal Federal (STF) pediram ao governo do Distrito Federal um reforço na segurança da Esplanada dos Ministérios. Fontes ouvidas pelo Correio afirmam que, apesar de ainda não existir um planejamento especial, os militares estão preparados para conter qualquer possível ação violenta. A principal preocupação é com a presença de radicais bolsonaristas, incluindo policiais militares.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou ponto facultativo às vésperas do feriado para evitar aglomerações e confusão. A reportagem questionou o chefe do Executivo local sobre outras estratégias para evitar conflitos e sobre os riscos de manifestações antagônicas. Ele afirmou que “manterá a segurança da população e dos manifestantes pacíficos”, e que o plano de contingência está sendo elaborado pela Secretaria de Segurança (SSP/DF).
Nesta semana, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afastou um coronel da Polícia Militar que convocou colegas a participar de ato pró-Bolsonaro no Dia da Independência. Por lei, a participação de PMs em atos políticos é vedada. As forças de segurança também estão atentas a vídeos publicados nas redes sociais, nos últimos dias, que incitam a população a praticar atos criminosos e violentos contra o STF e o Congresso.
Também em São Paulo, a ação Fora Bolsonaro, que reúne mais de 80 movimentos e marcou manifestações contra o presidente da República em todo o país, foi proibida de fazer protestos neste 7 de Setembro. Apesar de ter marcado os atos antes dos bolsonaristas, perdeu o direito de usar a Avenida Paulista, por uma decisão da PM. Assim, mudaram a manifestação para o Vale do Anhangabaú — palco de protestos históricos das Diretas Já, na década de 1980.
Ontem, os organizadores foram informados de que a manifestação também seria vetada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) mesmo que ocorresse em outro local. “Nós ficamos chocados com a decisão do governador, porque não compete a ele autorizar ou vetar a realização de atos ou manifestações políticas”, disse Erick Santos, diretor do Movimento Acredito. “As forças de segurança têm o dever de garantir a segurança dos manifestantes. O veto é inconstitucional. Pretendemos recorrer ao STF para garantir nosso direito.”
Questionada, a SSP paulista afirmou que “a orientação é que as manifestações sejam realizadas em datas distintas” e que “as forças policiais atuarão em ambas as datas para garantir a segurança e o direito de todos”.
Com
informações portal Correio Braziliense
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