O secretário da Saúde do Estado do Ceará e vários prefeitos municipais negaram a aplicação de doses vencidas da vacina da AstraZeneca contra Covid-19 no Ceará. Levantamento do jornal Folha de São Paulo publicado ontem (02/07) aponta que mais de 700 doses vencidas da vacina AstraZeneca contra Covid-19 teriam sido aplicadas em 58 municípios cearenses. A maior quantidade teria sido em Potengi: 173. Seguido de Fortaleza, com 63 casos.
O secretário da Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto, diz que não houve aplicação de doses vencidas mas um erro de etiquetagem por parte do Ministério de Saúde.
"Recebemos as doses em janeiro e março e as vacina foram encaminhadas aos municípios imediatamente. Já na época o Ministério da Saúde fez um documento dizendo que erraram na etiquetagem", afirmou o secretário para a coluna de Jocélio Leal. Conforme o secretário, puseram validade até maio de 2021, mas na verdade o limite seria maio de 2022.
Entre os oitos lotes de vacinas supostamente vencidas da AstraZeneca entregues aos estados brasileiros, dois foram recebidos pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). O Ministério da Saúde confirmou o erro na embalagem de um dos lotes de vacinas entregues ao Ceará. O lote constava com a data de validade até maio deste ano, no entanto o vencimento se estendia para maio de 2022.
O levantamento que indica o erro foi realizado levando em consideração as imunizações que ocorreram até o dia 19 de junho no Brasil, cruzando base de sistemas da pasta de saúde que revelam informações sobre a data de entrega das doses e o prazo de validade do produto entregue. Em todo o Brasil, 25.935 doses de oito lotes de imunizantes da AstraZeneca teriam sido aplicadas com validade vencida.
Em Fortaleza, todas as referidas doses foram aplicadas em sete Unidades de Atenção Primária a Saúde (UAPS). Os equipamentos que mais receberam as unidades supostamente vencidas foram: Viviane Benevides (16) Messejana (13) e Luis Costa (13).
A Secretara Municipal da Saúde (SMS) de Fortaleza afirmou que pode ter ocorrido "inconsistência no sistema ou erro de digitação". Em nota, a pasta disse que, a partir do recebimento da vacina em Fortaleza, a Rede de Frio Municipal não armazena as doses "por longo período", o que inviabiliza a aplicação após a data limite. "Os usuários destes lotes podem conferir no seu cartão as datas de aplicação", orienta.
A SMS ressaltou que o sistema da Prefeitura permite o rastreamento de todas as 1.488.652 doses aplicadas e que os casos de possíveis equívocos correspondem a 0,004% deste total. Na Capital, 62 das 63 doses são de lote do Instituto Serum, identificado como 4120Z005, que concentra 70% de todas as unidades que teriam sido aplicadas após a validade no Brasil.
Conforme a pasta, o lote 4120Z005 AstraZeneca/Oxford foi recebido pelo município de Fortaleza entre os dias 25 de janeiro e 10 de fevereiro, tendo sua distribuição até o dia 14 de fevereiro para os centros de vacinação.
A secretaria ressalta que o frasco da vacina Covishield (Fiocruz) de dez doses, distribuído naquele período, após aberto deve ser consumido no prazo de seis horas. O que "impossibilita que ele tenha permanecido nos centros de vacinação após sua validade, em 14 de abril de 2021".
No caso do CTMAV505 AstraZeneca/Oxford, onde consta um único caso de possível erro, "teve sua total distribuição para os centros de vacinação em 12 de maio". O que também inviabilizaria o consumo após o dia 31 de maio, data da sua validade, tendo em vista o prazo para utilização após a abertura do frasco, de acordo com a secretaria
Com
informações portal O Povo Online
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