Ato em Fortaleza, segundo organizadores, superou anteriores (Foto: Thais Mesquita) |
Após mais um fim de semana com manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que pediam o impeachment, maior agilidade na vacinação contra a Covid-19, a volta do auxílio emergencial, dentre outras pautas, a batalha entre bolsonaristas e opositores voltou a ter palco nas redes sociais. A repercussão entre atores políticos que se opõem ao governo, e aqueles que o apoiam, expôs pontos de vista distintos dos atos ocorridos no último sábado (03/05).
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que esteve na manifestação em São Paulo ao lado do ex-presidenciável Fernando Haddad (PT), celebrou. "Com a militância e o companheiro Fernando Haddad hoje na Avenida Paulista. Queremos vacina no braço e o impeachment", escreveu.
Na capital paulista, o ato fez com que algo inédito ocorresse: filiados do PT e do PSDB, rivais históricos, caminharam lado a lado pedindo a saída do atual presidente. Porém, houve confusão entre grupos que vestiam blusas do PCO e militantes tucanos; uma bandeira do PSDB chegou a ser queimada. As imagens da briga, somadas as de atos de vandalismo no fim da manifestação na capital paulista, onde um grupo de pessoas depredou agências bancárias e outros estabelecimentos, serviram como parte dos argumentos de apoiadores do presidente para vincular a imagem de violência aos protestos; acirrando a polarização e a narrativa bolsonarista do "nós contra eles".
Entre bolsonaristas, foi notório o esforço para tratar os protestos como um "fracasso", com argumentos que variaram entre a quantidade de pessoas presentes e o que houve de violência no ato ocorrido em São Paulo. O próprio Bolsonaro repercutiu ao criticar o vandalismo na manifestação na capital paulista. Segundo o presidente, "o ato nunca foi por saúde ou democracia, sempre foi pelo poder", escreveu no Twitter.
Em Fortaleza, a manifestação que se iniciou na Praça Portugal, no bairro Aldeota, local conhecido como reduto de movimentos da direita na Capital, contou com a presença de parlamentares da oposição. O deputado estadual Renato Roseno (Psol) lembrou a falta de respostas do governo aos e-mails da farmacêutica Pfizer para negociar vacinas. "Imagine que você é do setor privado e que deixa 81 e-mails sem respostas, o que vai acontecer com você? Você vai ser demitido", afirmou, alegando ocorrer uma disputa histórica no País.
Já
o vereador Guilherme Sampaio (PT) disse que a ida do povo às ruas é a
"única força política realmente capaz de provocar o processo que detone a
abertura do impeachment", por considerar que a configuração na Câmara dos
Deputados favorece Bolsonaro. Segundo ele, a tendência é que os atos aumentem e
tragam elementos novos para a conjuntura política.
Com
informações portal O Povo Online
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