Em entrevista à Rádio O POVO CBN, governador de São Paulo faz aceno ao pedetista após série de embates entre os dois presidenciáveis (Foto: Reprodução/Facebook) |
"Tem (Ciro) uma trajetória e biografia política significativa, como ex-governador, ex-ministro, ex-deputado federal, inclusive no meu partido, convidado pelo então senador Tasso. Todas as forças democráticas que possam construir um projeto para o Brasil distante dos extremos, da extrema direita e extrema esquerda, devem ter esse discernimento, humildade e capacidade de somarem forças. Estou aberto ao diálogo com o ex-ministro Ciro Gomes", disse o governador ao ser perguntado sobre uma possível aliança com o líder pedetista.
Entretanto, ambos os presidenciáveis já vivenciaram embates entre si. Em 2017, quando era pré-candidato à Presidência da República, Ciro defendeu que preferia mil vezes o deputado federal Jair Bolsonaro como presidente do Brasil do que Doria, então prefeito de São Paulo. Na avaliação de Ciro, o gestor tucano realizava um governo de "factoide", de "papo furado".
O pedetista disse ainda que a fortuna de Doria teria sido obtida com lobby e tráfico de influência junto a governos e agentes públicos, que ele "foi corrido" da presidência da Embratur por corrupção e que ele patrocinou o grupo Movimento Brasil Livre (MBL) para turbinar sua imagem junto à sociedade.
Em reação, Doria respondeu que Ciro foi desrespeitoso com a população ao criticá-lo. "Ciro Gomes, além de desrespeitoso com a população de São Paulo, confirma sua instabilidade emocional e desequilíbrio político", disse Doria à época.
Em 2020, Ciro criticou uma possível aliança do governador tucano com o ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, e com o apresentador Luciano Huck para se apresentarem ao eleitor em 2022 como uma alternativa de centro. "No dia que Doria, Huck e Moro forem de centro, eu sou de ultra-esquerda, o que eu nunca fui", afirmou.
Em recuperação após contrair Covid-19 na última quinta-feira, 15, o governador de São Paulo disse que está bem, assintomático e que acabou de fazer novos exames que atestaram sua boa saúde. Na entrevista de ontem, Doria não poupou críticas ao seus principais adversários e mais bem colocados nas pesquisas de voto: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido).
Se dizendo "profundamente arrependido" do apoio que deu a Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018, o tucano admitiu que errou "como milhões de brasileiros erraram". "Acreditei nas propostas de um governo liberal e anticorrupção. Ele (Bolsonaro) conseguiu a proeza de ter quatro ministros da Educação e quatro ministros da Saúde, e todos produzindo péssimos efeitos", disse.
O tucano reforçou ser contra uma nova candidatura do petista em 2022. Para Doria, Lula ainda deve respostas à Justiça e que decisão não representa renovação na política no Brasil. "O Lula não é renovação. Ele já cumpriu oito anos de mandato. Nem sequer devia disputar novamente um mandato de Presidência da República. Lula foi autorizado a disputar mas não inocentado das acusações que pesam sobre ele", destacou Doria.
O governador adiantou que visitará Fortaleza em setembro deste ano na esteira da campanha para viabilizar seu nome como candidato tucano à Presidência. Para disputar prévias partidárias em novembro, ele destacou ser preciso nacionalizar o nome da legenda e, por isso, ele seguirá viajando pelo País.
Segundo o governador paulista, o Ceará deve receber reforço na imunização nos próximos meses. O motivo é o pedido feito pelo governador Camilo Santana (PT) para a aquisição de doses adicionais da CoronaVac, produzidas pelo Instituto Butantan.
Com
informações portal O Povo Online
Leia também:
Ciro
Gomes classifica "mensagem macabra" de "Ato Institucional
BolsoBraga"
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.