Professor Nicolau desconhece comunidade "remanescentes de quilombolas” em Altaneira

Nicolau Neto ainda orienta os passos que devem ser seguidos para reconhecimento da comunidade, se existir (Foto: Reprodução/Facebook)

Um dos mais dedicados estudiosos e divulgadores do movimento negro do interior do Ceará, com artigos publicados em vários portais do Brasil, o professor altaneirense Nicolau publicou longo texto em seu blog e afirma desconhecer comunidade quilombolas em Altaneira, mas apresenta os passos que deverão seguidos para o reconhecimento da comunidade, se existir.

O tema foi aberto com a publicação veiculada na imprensa da capital e na região informando uma lista de municípios cearenses que não receberiam novas doses de vacinas contra a Covid-19 por não terem cumprido meta da vacinação, dentre Altaneira foi incluído.

Eu seu texto o professor Nicolau mencionado a nota do Governo Municipal que justifica a retenção das doses em virtude da não aplicação das vacinas em população Quilombola que estaria localizada na comunidade da Bananeira.

O professor destaca que em todos os censos já realizados no município nunca se constatou nenhuma comunidade de Altaneira tinha definida ou identificada como “remanescentes de quilombolas”.

Registra ainda que dados do próprio Governo do Ceará, ao citar as 70 comunidades quilombolas, não consta a referida comunidade de Altaneira, informa também que em outras entidades ligadas ao movimento negro “também não há menção desta em Altaneira”.

“Os dados estão desencontrados, visto que alguns apontam para a existência dela no Sitio Bananeira e mapeada pela Comissão Estadual dos Quilombolas Rurais do Ceará (CEQUIRCE), conforme informações repassadas pela equipe do governo municipal ao Blog Negro Nicolau”, escreveu o professor.

Nicolau afirma ser necessário entrar em contato o mais rápido possível com integrantes da comunidade, ver se eles realmente se autodeclararam; se deram entrada junto a Fundação Palmares para a obtenção de documentos que os regularize.

“Se se autodeclararam e caso não tenham feito é preciso os auxiliar nesse processo. Outro caminho é uma resposta positiva da CEQUIRCE já que a entidade disse ter o mapeamento. Já é um caminho para iniciar a vacinação e correr atrás das documentações para posterior certificação” orientou Nicolau.

 

Clique aqui e leia na íntegra o texto do professor Nicolau Neto