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14 de abril de 2021

Com quase 360 mil óbitos, Bolsonaro volta a falar contra isolamento social

O Ministério da Saúde informou que a covid-19 vitimou fatalmente em 24 horas 3.808 brasileiros (Foto: Reprodução/Facebook)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou, mais uma vez, contra as medidas de isolamento adotadas por governadores e prefeitos para frear a pandemia de COVID-19. Segundo Bolsonaro, ele não é o ditador do Brasil, por isso ninguém poderia cobrar dele posicionamentos sobre o desemprego. A declaração foi feita para apoiadores ontem (13/04).

"O pessoal fica reclamando que acabou o emprego, mas quem fechou o comércio não fui eu. Quem te obrigou a ficar em casa não fui eu. Eu faço a minha parte. É impressionante, com todo respeito aqui, o pessoal em vez de dar força para mim, criticam. Eu não sou ditador do Brasil", declarou, em frente ao Palácio da Alvorada.

Durante conversa, Bolsonaro respondeu um apoiador que pediu a ele atenção ao estado do Rio de Janeiro. Segundo Bolsonaro, “tem outras pessoas para tomar conta” da região.

"Lá, o povo elegeu 70 deputados estaduais e elegeu 51 vereadores. Eu sou presidente da República. Estados e municípios têm outras pessoas para tomar conta", disse.

Na última segunda-feira (12/04), Bolsonaro disse que governadores e prefeitos estão dando “amostra do comunismo” ao manterem as restrições.

Segundo o presidente, o Brasil está tendo “uma amostra do que é o comunismo e quem são os protótipos de ditadores”. Segundo ele, são “aqueles que decretam proibição de cultos, toque de recolher, expropriação de imóveis, restrições a deslocamentos, etc…”.

Nas últimas semanas, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), ficaram em evidência após irem de encontro a uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques – indicado por Bolsonaro –, que pediu a volta de cultos e missas presenciais.

Na quinta-feira da semana passada, o STF decidiu que os estados e municípios podem restringir missas e cultos, deixando o governador paulista e o prefeito de BH nos holofotes da política brasileira.

O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (13/04) que a covid-19 vitimou fatalmente em 24 horas 3.808 brasileiros. O boletim divulgado pela pasta indica ainda que o total de óbitos no país por conta da doença é de 358.425 mortos. Com mais 82.186 infectados, o Brasil contabiliza 13.599.994 de casos.

São Paulo segue sendo a unidade da Federação com as estatísticas mais alarmantes da pandemia. Pelo levantamento, 2.667.241 de pessoas no estado já foram infectadas pelo novo coronavírus, enquanto 84.380 morreram por covid-19.

Em seguida, vem Minas Gerais, com 1.235.972 casos, sendo 28.152 fatalidades. O Distrito Federal soma 361.023 diagnósticos positivos e 6.906 mortos pela doença.

Durante a pandemia de COVID-19, Jair Bolsonaro adotou inúmeras medidas negacionistas. Desde negar a gravidade do vírus, postergar a compra de vacinas, não usar máscara e até provocar aglomerações.

Com informações portal Correio Braziliense

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