Com isso, o Brasil chega a 321.515 mortes por covid-19. O número de casos registrados passa de 12,7 milhões, com 1,2 milhão em acompanhamento e 11,1 milhões recuperados (87,6%). Apenas nas últimas 24 horas, foram mais de 90 mil novos casos. São Paulo segue como o estado com mais mortes, 74.652. No Distrito Federal já são mais de 6 mil óbitos.
Os números batem com o boletim do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), que também aponta 3.869 mortes diárias.
Segundo Alexandre Naime Barbosa, chefe da infectologia da Unesp e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), as projeções epidemiológicas feitas por consórcios, como o Observatório Covid-19 da Fiocruz e a Universidade John Hopkins, apontam que o Brasil só vai atingir o pico na primeira quinzena de abril. “Infelizmente, vamos ver esses números crescendo por mais duas semanas”, projetou.
Depois disso, segundo o especialista, os números podem começar a cair. “Não pela vacinação rápida, porque nosso programa de imunização está mais lento que uma tartaruga, mas porque, em um determinado momento, são tantas pessoas infectadas que já têm um certo grau de defesa que o vírus não consegue vencer. É o que a gente chama de imunidade de rebanho”, destacou.
Segundo o especialista, a imunidade de rebanho era última coisa que os médicos queriam, porque o preço a ser pago é muito alto. “Para chegar nela, o preço é esse número absurdo de mortes que estamos vendo todos os dias”, lamentou.
Naime explicou que isso está ocorrendo por falta de empatia da população brasileira em seguir as regras e pela condução da política nacional de combate à pandemia. “Se continuar com essa velocidade de vacinação, vamos chegar ao fim do ano com mais de meio milhão de mortes. O que mostra o quão incompetente e danosa foi a política de enfrentamento pelo governo federal”, completou.
Com
informações portal Correio Braziliense
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