A ação é assinada pelo presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, que acusa o governo federal de encarar a vacinação 'mais como um problema do que uma solução' (Foto: Ed Alves) |
"A
Presidência da República e o Ministério da Saúde têm encarado as vacinas mais
como um problema do que uma solução. Em inúmeros episódios, aqueles que
deveriam ser responsáveis por gerir as crises, se valeram de seus discursos e
cargos para deslegitimar a vacinação, discriminando os imunizantes de
determinados países e fazendo terrorismos sobre os possíveis efeitos da vacina
na saúde da população", anotou Santa Cruz.
A
OAB ressalta que a postura do governo federal no combate à pandemia 'tem sido
descrita por especialistas da saúde e pela mídia, dentro e fora do País, como
um dos fatores que contribuíram para a conjuntura calamitosa atual'.
"A
situação, conforme amplamente noticiada, é dramática e exige medidas urgentes e
drásticas", frisou o presidente da OAB.
A
ação pede ao STF que determine a Bolsonaro a obrigação de adquirir doses de
vacinas contra a covid em quantidade suficiente e necessária para garantir a
imunização em massa da população de forma urgente e no menor prazo possível.
"Destinando recursos federais suficientes para tanto, em atenção ao
direito à vida, à saúde e ao princípio da eficiência administrativa",
pontuou a OAB.
Nesta
sexta, o governo Bolsonaro assinou dois contratos para a compra de 138 milhões
de doses de vacinas contra a covid-19. Segundo o Ministério da saúde, 100
milhões de doses serão fornecidas pela Pzifer/BioNTech e outras 38 milhões pela
Janssen, do grupo Jonhson&Jonhson. A expectativa, porém, é que os
imunizantes sejam entregues até o final do ano.
O
Brasil tem hoje mais de 562 milhões de doses de vacinas contra a covid
contratadas para 2021. No entanto, o ritmo da vacinação segue lento no País,
que hoje conta com 11,4 milhões de pessoas imunizadas contra a covid, o que
equivale a 5,53% da população total brasileira.
A
lentidão da campanha de vacinação ocorre em uma escalada crítica da pandemia.
Pelo 21º dia consecutivo, a média móvel registrou 2.178 óbitos por covid. Nesta
sexta o Brasil também ultrapassou pela primeira vez a marca de 15 mil mortes em
uma semana pelo novo coronavírus. A transmissão descontrolada do vírus também
tem levado a colapso e redes hospitalares, com morte de pacientes em filas por
leito e falta de remédios para intubação.
Com transmissão descontrolada do vírus, o País tem visto o colapso de várias redes hospitalares, com morte de pacientes na fila por leito e falta de remédios para intubação. Governadores e prefeitos têm endurecido restrições ao comércio na tentativa de frear o contágio.
Com informações portal Correio Braziliense
Leia também:
'Bolsonaro
deve admitir erro e propor um pacto', afirma Michel Temer
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.