O Brasil chega a 264,3 mil mortes e 10,9 milhões de casos (Foto: Michael Dantas) |
A nona semana epidemiológica de 2021 (28 de fevereiro até este sábado, 6 de março), foi a com a maior quantidade de óbitos por covid-19 no Brasil, com 10.104 registros. O maior número até então havia sido registrado na semana epidemiológica anterior (21 a 27 de fevereiro), com 8.244 mortes pela doença causada pelo novo coronavírus, o que mostra uma tendência de aumento na curva.
O número de casos também foi o maior nesta semana, observando toda a pandemia, com 421,6 mil casos. A semana epidemiológica 2 (10 a 16 de janeiro), até então, era a com a maior quantidade de casos, com 379 mil registros. Ao mesmo tempo em que o país observa um aumento crescente nesses dados, a vacinação caminha a passos lentos.
O Ministério da Saúde anunciou ontem novo cronograma de distribuição de vacinas contra covid-19, com a previsão de entrega de oito milhões de doses a menos que o informado na última quinta-feira. A pasta agora prevê entregar 30 milhões de doses no mês de março. A mudança se dá pela exclusão de oito milhões de doses da Covaxin do laboratório indiano Bharat Biotech, e que seriam importadas da Índia.
É a segunda vez nesta semana que o Ministério reduz o número de doses previstas para março. Na última quinta-feira, a pasta já havia anunciado 8,6 milhões de doses a menos no Programa Nacional de Imunização.
Ontem, o Ministério da Saúde registrou 1.555 óbitos em 24 horas, chegando ao total de 264.325 pessoas mortas pela doença durante a pandemia do novo coronavírus. Já são 10,9 milhões de casos confirmados, sendo que nas últimas 24 horas foram computadas mais 69.609 pessoas com a doença no país. O estado com a maior quantidade de óbitos pela covid-19 é São Paulo, com 61,4 mil, seguido pelo Rio de Janeiro, com 33,7 mil e Minas Gerais, com 19,3 mil.
Nas últimas semanas, o país tem visto um aumento de crescente no número de casos e de óbitos pela doença, com taxas de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em diversos estados em nível crítico. Na quarta-feira (3), com o registro de 1.910 mortes pela doença em 24 horas, o Brasil bateu um novo recorde diário.
Um dia depois de o Brasil bater recorde de mortes, o presidente da República, Jair Bolsonaro, criticou medidas restritivas de circulação que foram adotadas por diversos estados e cidades na busca de tentar reduzir a transmissão. “Nós temos de enfrentar os nossos problemas, chega de frescura e de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos de enfrentar os problemas”, afirmou.
Apesar das declarações, a situação tem preocupado autoridades e profissionais da Saúde do Brasil e fora. Na última sexta-feira, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou que enquanto em muitos países observou-se uma redução de casos nas últimas seis semanas, no Brasil a tendência foi de aumento. "Acho que o Brasil precisa levar isso muito a sério", pontuou. O diretor frisou a necessidade de adotar “medidas públicas de saúde em todo o país, de forma agressiva”.
“Sem fazer nada para impactar na transmissão ou suprimir o vírus, não acho que, no Brasil, nós conseguiremos uma queda. Quero enfatizar isso, a situação é muito séria e estamos muito preocupados”, disse, ressaltando que a questão não envolve apenas o Brasil, mas a América Latina e o mundo. “Se o Brasil não for sério, vai continuar afetando todos os vizinhos, e além”, relatou.
Com
informações portal Correio Braziliense
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