O presidente afirmou que, até o fim do ano, país terá mais de 500 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 (Foto: Isac Nóbrega) |
Desde o início da pandemia, Bolsonaro duvidou da capacidade dos imunizantes em conter o novo coronavírus e incentivou o uso de medicamentos sem comprovação científica como tratamento à covid-19. Além disso, o mandatário atrasou a conclusão de acordos para a aquisição de vacinas. No ano passado, por exemplo, disse que não compraria a CoronaVac, produzida pela farmacêutica Sinovac com o Instituto Butantan, devido à rivalidade que tem com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
No pronunciamento desta noite, contudo, o presidente defendeu a importância da vacinação e disse que o governo não poupou esforços para garantir a aquisição de imunizantes. "Sempre afirmei que adotaríamos qualquer vacina, desde que aprovada pela Anvisa. E assim foi feito."
Ele citou os acordos assinados, neste mês, com Pfizer e Janssen, que devem garantir mais 138 milhões de doses em 2021. Bolsonaro afirmou que "intercedeu pessoalmente" para firmar os contratos. No entanto, em janeiro deste ano, o governo criticou a proposta oferecida pela Pfizer, reclamando que a empresa "tenta desconstruir trabalho de imunização no Brasil".
O mandatário também destacou que o Brasil deve intensificar a produção de imunizantes em solo nacional e que "muito em breve, retomaremos nossa vida normal". "Hoje, somos produtores de vacina em território nacional. Mais do que isso, fabricaremos o próprio insumo farmacêutico ativo, que é a matéria-prima necessária. Em poucos meses, seremos autossuficientes na produção de vacinas."
Bolsonaro disse não saber "por quanto tempo teremos que enfrentar essa doença", mas frisou que "a produção nacional vai garantir que possamos vacinar os brasileiros todos os anos, independentemente das variantes que possam surgir".
O presidente ressaltou que o Brasil é o quinto país que mais vacinou pessoas contra a covid-19 no mundo, baseando-se apenas no número total de imunizantes aplicados e não na quantidade proporcional à população da nação, e que isso aconteceu "graças às ações que tomamos logo no início da pandemia". "Temos mais de 14 milhões de vacinados e mais de 32 milhões de doses de vacina distribuídas para todos os estados da Federação."
O mandatário finalizou o pronunciamento se solidarizando com as vítimas da pandemia. "Solidarizo-me com todos aqueles que tiveram perdas em suas famílias. Que Deus conforte seus corações."
Com
informações portal Correio Braziliense
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