A fala de Bolsonaro mostra uma mudança de postura, mas continua a espalhar desinformação sobre a vacina (Foto: Marcelo Camargo) |
Apesar disso, Jair Bolsonaro (sem partido) cogitou, pela primeira vez, indiretamente, a possibilidade de fazer uso do imunizante. Em janeiro, o Palácio do Planalto decretou sigilo sobre o cartão de vacina do presidente. O chefe do Executivo foi filmado falando com apoiadores na noite dessa sexta-feira (5/3).
"Eu, por exemplo, tem alguns me perturbando, 'tome vacina'. O que é a vacina? Não é o vírus morto? Eu já tive o vírus vivo. Estou imunizado. Deixa outro tomar vacina no meu lugar", disse.
"Lá na frente, depois que todo mundo tomar, seu eu resolver tomar, porque, no que depender de mim, é voluntário, não podemos obrigar ninguém a tomar vacina, eu tomarei", assumiu.
Por diversas vezes, o presidente desdenhou da vacinação contra o coronavírus, e chegou a comemorar quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu temporariamente os testes. A fala de Bolsonaro mostra uma mudança de postura.
"Estamos disponibilizando vacina para todo mundo no Brasil. Gratuita e voluntária. Alguns governadores votaram uma emenda via parlamentares, para os estados comprarem vacina. Mas quem vai pagar a conta? Eu, não. Se quiserem comprar, podem comprar, mas a vacina vem para o Plano Nacional de Imunização", avisou o presidente.
O
país registrou, nas últimas 24 horas, 1,8 mil mortes por coronavírus, segundo
Ministério da Saúde. É o segundo maior número de mortes em um dia. Na
quarta-feira (3/3), a cifra chegou a 1.910. Com pequenas variações, o número de
óbitos por semanas epidemiológicas também tem apresentado crescimento.
Com
informações portal Correio Braziliense
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