Da Taboquinha para o mundo a pesquisadora Antônia Araújo é reconhecida pela sua luta em defesa da Mulher (Foto: Reprodução/PSOL) |
Uma altaneirense de luta se destacou por seu trabalho transformador e foi homenageada pelo deputado estadual Renato Roseno (PSOL) em uma série especial de entrevistas para o Dia Internacional das Mulheres, 8 de março.
Falo de Antônia Araújo, 43, pesquisadora, militante pelos direitos humanos e ouvidora externa da Defensoria Pública do Estado. Na matéria "Em defesa da vida, dos direitos e da autonomia das mulheres", Antônia compartilha ao site do deputado Roseno sua trajetória e seus questionamentos atuais do significado, dificuldades e importância da luta das mulheres por direitos em meio a onda de autoritarismo bolsonarista e da pademia da Covid-19.
ALTANEIRA
Antônia deixou as terras altas de Santa Tereza D'Ávila ainda muito cedo, na infância, para morar no Crato. De Altaneira, lembra da Taboquinha, onde nasceu e da casa onde sua avó viveu e morreu. "Pra mim foi um momento que nunca esqueci, me senti parte daquele cenário", relata o sentimento de quando revisitou a casa pela última vez.
Lembra também das dificuldades que a família passou, motivos que levaram à migração. "A mudança se deu sobretudo, pela falta de condição de sobrevivência. Como não tínhamos a propriedade da terra, não tinha política de desenvolvimento e convivência com o seminário, a migração era algo muito frequente naqueles tempos", explica.
No Crato cresceu e se reconheceu uma inquieta lutadora por dias melhores, mais justos e solidários para todos. Fez parte do grupo de jovens trabalhadores rurais do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e atuou na Associação Cristã de Base (ACB), onde pautava questões de terra, território, agricultura e água para convivência com o semiárido.
Quando entendeu que além da classe, o gênero e a cor também eram motivos para desigualdade, construiu o Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec) e juntou-se ao Conselho de Direitos das Mulheres e da Casa Lilás.
E ainda não parou. Agora reside na capital cearense, onde, em sua bagagem cheia de experiência, há trabalhos no Instituto Maria da Penha e o desenvolvimento de um programa de Enfrentamento a Violência Contra as Mulheres da Prefeitura de Fortaleza, onde coordenou o Centro de Referência da Mulher.
Para as altaneirenses, Antônia deixa um recado: "Quero dizer principalmente para as mulheres jovens de Altaneira que elas fazem parte de um sonho maravilhoso de transformação desse mundo. Que pelas mãos de mulheres e meninas todos os dias nós construímos possibilidades e que elas são a potência que nós precisamos. Avancemos em nossa luta e nossos direitos!".
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