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11 de março de 2021

Águas da transposição do rio São Francisco chegam ao Castanhão

Passagem molhada na antiga Jaguaribara por onde chegam as águas da transposição do rio São Francisco  (Foto: Aurelio Alves)

Após mais de uma década de espera, as águas do Rio São Francisco chegaram ao Açude Castanhão ontem (10/03). O anúncio foi feito pelo governador Camilo Santana (PT), por meio de suas redes sociais. "Momento histórico para o nosso Estado. As águas do São Francisco percorreram os 300 km, incluindo o Cinturão das Águas, e chegaram ao açude Castanhão na tarde desta quarta-feira. Cerca de 4,5 milhões de cearenses serão beneficiados com a garantia hídrica da RMF, Cariri e Baixo e Médio Jaguaribe", disse Camilo.

O governador lembra que a Comporta do CAC para receber as águas do São Francisco foi aberta no último dia 1º, em Missão Velha, e a previsão inicial era de chegar ao Castanhão em 30 dias, mas as chuvas intensas aceleraram o processo de transferência das águas. Essa foi uma luta de todos os cearenses!", completou.

Além de representar uma garantia hídrica no abastecimento de parte do Ceará, o novo fluxo deve estimular a atividade produtiva rural no Vale do Jaguaribe. Durante o primeiro dia de março, foi realizada a abertura da comporta do km 53 das obras do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), dando início ao caminho concluído nesta quarta-feira.

Antes da chegada ao açude Castanhão as águas do Velho Chico, misturadas com as águas da chuva, passaram por Penaforte, Jati, Missão Velha, Icó, Aurora, Lavras da Mangabeira, Jaguaribe e Jaguaribara. Técnicos da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) fizeram o monitoramento diário desde o dia 1º, onde foi aberta a comporta do Cinturão das Águas, e vão continuar com o monitoramento do nível do açude Castanhão para medir a vazão que vai entrando no reservatório.

Do Castanhão, a água do São Francisco percorre o Eixão das Águas até a Região Metropolitana de Fortaleza, onde abastece a Capital e o Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

Mesmo com a ascensão no volume de água, o movimento registrado na manhã de ontem ainda não pode ser atribuído ao fluxo vindo da abertura da comporta do km 53 das obras do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), que foi responsável pelo encontro do Castanhão com o Velho Chico.

"A expectativa é que aumente entre quatro e cinco centímetros por dia quando a água chegar de fato. A vazão que chega ainda é muito baixa até o momento. Como o rio (Jaguaribe) é muito largo, o processo fica mais lento", conta Braulino Coelho, administrador do Complexo Castanhão por parte do Departamento de Obras Contra as Secas (Dnocs).

Com uma previsão inicial de 30 dias para percorrer todo o percurso de 300 km, o secretário dos Recursos Hídricos do Ceará, Francisco Teixeira, esclarece que o processo de transferência das águas aconteceu de forma mais rápida pelo fato das calhas dos rios estarem bem úmidas e com bastante fluxo natural.

"A escolha do primeiro semestre para realizar a transferência das águas foi exatamente por conta desse fluxo, que além de adiantar o processo ainda evitou que acontecessem perdas por evaporação ou infiltração", explica.

Com informações portal O Povo Online

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