Magda Almeida é secretária executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde do Ceará (Foto: Reprodução/Youtube) |
"Diferentemente
daquele primeiro momento da pandemia, quando tivemos aumento somente na Capital
para depois haver no Interior, nesse momento estamos com epidemias
simultâneas." É assim que Magda Almeida, secretária executiva de
Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) define o panorama
atual do Estado em relação à doença causada pelo Sars-Cov-2. "Todas as
regiões apresentam aumento de casos, internações e óbitos por Covid-19",
afirma.
Das cinco regiões de saúde cearenses, apenas municípios do Cariri apresentam índices de alerta moderado. Ao todo, 167 cidades têm neste momento alerta alto ou altíssimo para a pandemia. Isso significa que 90% do Estado se encontra em um dos níveis mais graves de alerta em pelo menos um dos seguintes indicadores: incidência de casos diários a cada 100 mil habitantes, internações por causas respiratórias, ocupação de leitos de UTI Covid-19, taxa de letalidade e taxa de positividade de testes RT-PCR.
"O que a gente precisa ter, além da ampliação de leitos, é a população realizando a testagem", enfatiza Magda. Segundo ela, os exames de RT-PCR (por meio de swab) e de antígenos (por meio de sangue) são fundamentais. A secretária garante que todos os municípios têm capacidade para realizar os testes. Além disso, a Capital conta com pontos de testagem na Praça do Ferreira, no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e shopping Riomar Kennedy.
Conforme informações do boletim epidemiológico divulgado pela Sesa na última sexta-feira, 19, a região de Fortaleza é a que concentra o maior número absoluto de novos casos e óbitos por Covid-19. São 29.997 casos confirmados e 347 óbitos registrados entre 1º de janeiro e 13 de fevereiro. O documento considera dados registrados até a segunda semana de fevereiro "acreditando ser este o período mais recente menos sujeito ao atraso na digitação das notificações".
Outro dado que chama a atenção é a comparação entre os novos casos deste ano e aqueles registrados em 2020. Em seis semanas de 2021, o Ceará já registra 15% dos casos e 6% das mortes confirmados por Covid-19 no ano passado. Por regiões, Fortaleza e Litoral Leste/Jaguaribe se destacam tendo, respectivamente, 20% e 16% dos casos de 2020.
A pandemia que continua em 2021
51.269 cearenses foram diagnosticados com Covid-19 entre 1º de janeiro e 13 de fevereiro
Fortaleza concentra 42% dos casos confirmados em 2021. A Capital detém 29% da população cearense
De 20 a 39 anos é a faixa de idade em que se concentra a maioria dos novos casos
Dentre os pacientes internados e com comorbidades, as doenças mais presentes são cardiopatias crônicas e diabetes
603 pessoas morreram nesse período em decorrência da doença
Idosos, do sexo masculino e com comorbidades seguem sendo a população que mais morre pela pandemia
Os óbitos foram registrados em 103 municípios cearenses
Em seis semanas de 2021, o Ceará já registra 15% dos casos e 6% das mortes confirmados por Covid-19 no ano passado. Por regiões, Fortaleza e Litoral Leste/Jaguaribe se destacam tendo, respectivamente, 20% e 16% dos casos de 2020
Região
de Saúde de Fortaleza
2020:
153.412 casos confirmados e 6.357 óbitos
2021: 29.997 casos confirmados e 347 óbitos
Região
de Saúde Norte
2020:
76.866 casos e 1.602 óbitos
2021: 6.368 casos e 41 óbitos
Região
de Saúde do Cariri
2020:
64.565 casos confirmados e 1.254 óbitos
2021: 6.053 casos e 112 óbitos
Região
de Saúde Litoral Leste/Jaguaribe
2020:
24.452 casos confirmados e 450 óbitos
2021: 3.968 casos confirmados e 42 óbitos
Região
de Saúde do Sertão Central
2020:
22.080 casos confirmados e 596 óbitos
2021: 2.203 casos confirmados e 22 óbitos
Ceará
em alerta
Ao todo, 167 municípios cearenses estão em nível de alerta alto ou altíssimo para a Covid-19. Apenas no Cariri algumas cidades têm níveis menos preocupantes. O indicador considera a média dos índices diários das duas últimas semanas epidemiológicas, ou seja, do dia 7 ao dia 20 de fevereiro.
Isso significa que 90% do Estado se encontra em um dos níveis mais graves de alerta em pelo menos um dos seguintes indicadores: incidência de casos diários a cada 100 mil habitantes, internações por causas respiratórias, ocupação de leitos de UTI Covid-19, taxa de letalidade e taxa de positividade de testes RT-PCR.
Com informações portal O Povo Online
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