O marco acontece na mesma semana do aniversário de um ano do primeiro caso de coronavírus (Foto: Reprodução/Tv Globo) |
O Brasil acumula um quarto de milhão de mortes por covid-19, às vésperas de se completar um ano desde o primeiro caso de coronavírus ter sido identificado no país. Segundo as contas do consórcio de imprensa (formado por Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1), o país alcançou nesta quarta-feira (24/02) a marca de 250.079 mil mortos por coronavírus — o segundo país a chegar nesse patamar, atrás apenas dos EUA, que nesta semana superou a marca de 500 mil mortes.
É
como se a pandemia tivesse aniquilado totalmente a população de uma cidade
média brasileira — como Americana (SP), Itaboraí (RJ) ou Novo Hamburgo (RS) —
ou até mesmo de um país pequeno, como São Tomé e Príncipe, na África.
A
pandemia matou até agora a mesma quantidade total de brasileiros que morreram
de qualquer causa nos dois primeiros meses de 2019.
O
número de mortos pela covid na pandemia é quase seis vezes maior do que o de
mortos por homicídio no Brasil em todo 2020
É
como se tivessem morrido 680 pessoas por dia desde que o primeiro caso de
covid-19 foi registrado no Brasil. Isso equivale a 28 mortes por hora.
O
marco acontece na mesma semana do aniversário de um ano do primeiro caso de
coronavírus confirmado oficialmente no Brasil. No dia 26 de janeiro, um homem
de 61 anos foi internado em um hospital em São Paulo, após ter passado os dias
do carnaval na Lombardia, na Itália.
Nos meses que seguiram, houve muita confusão e pouco entendimento do que poderia acontecer. Estimativas sobre o número de mortos variavam de 1 milhão de mortos (previsão de pior cenário feita pelo Imperial College de Londres) a menos de 3 mil mortos (previsão do político Osmar Terra).
No final de março, o então ministro da Saúde, Henrique Mandetta, previu que até abril haveria um colapso do sistema brasileiro de saúde, que seria incapaz de lidar com as hospitalizações em massa. No mesmo dia, o presidente brasileiro se referiu ao coronavírus como "uma gripezinha".
Nas semanas seguintes, o Brasil viu disputas políticas, medidas desencontradas e superlotação de hospitais. Três ministros da Saúde (Henrique Mandetta, Nelson Teich e o atual, Eduardo Pazuello) passaram pela pasta. Estados e municípios ficaram responsáveis por decidir localmente sobre medidas de restrição de quarentena e fechamentos de estabelecimentos comerciais, escolas e transporte público. O governo federal começou em abril o pagamento de um auxílio emergencial para trabalhadores que perderam sua renda por causa da pandemia.
No dia 8 de agosto de 2020, foi atingida a marca de 100 mil mortos. No dia 7 de janeiro deste ano, o país ultrapassou as 200 mil mortes.
Em janeiro deste ano, começou a vacinação da população, mas, sem doses suficientes, muitas cidades tiveram de interromper suas campanhas.
Números
proporcionais
Apesar de ser o segundo país com o maior número absoluto de mortos por covid-19, a situação é diferente quando se analisam apenas mortes em relação ao tamanho da população. O Brasil tem a sexta maior população do mundo.
Na comparação com o tamanho da população, o Brasil fica entre os 30 países com mais mortes por covid-19 para cada 100 mil pessoas de sua população. Em alguns países como Reino Unido, Portugal, Itália e Estados Unidos, houve mais mortes do que no Brasil, na proporção da população.
Também na comparação proporcional, houve mais mortos no Brasil do que na Argentina, Alemanha e Rússia..
Com
informações portal Correio Braziliense
Leia também:
Compra descentralizada de vacinas não é consenso entre estados
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.