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19 de fevereiro de 2021

Governador pede a prefeitos reforço em barreiras e no toque de recolher


Camilo ressaltou a relevância do isolamento social frente ao aumento de casos na capital e outros municípios cearenses (Foto: Reprodução/Facebook)

Em reunião virtual com mais de 170 prefeitos do Ceará ontem (18/02) o governador Camilo Santana (PT) fez apelo para que gestores municipais se comprometam com a execução das medidas previstas no decreto que estabelece normas para o combate à Covid-19 no Estado. No encontro, que começou às 14h30min e se estendeu até depois das 17 horas, o chefe do Abolição frisou sobretudo a aplicação de três ações: barreiras sanitárias, trabalho remoto e toque de recolher.

Os três itens constam da redação de novo decreto anunciado pelo governador na última quarta-feira, 17, com validade a partir do dia seguinte. A medida também institui a suspensão das aulas presenciais das redes pública e privada a partir de hoje até o dia 28/2.

“O objetivo dessa reunião é para alertar aos senhores e senhoras que o momento é grave e precisamos da cooperação de todos. As medidas que anunciamos ontem (quarta) têm como objetivo reduzir a circulação de pessoas nas cidades, preservando a vida dos cearenses”, afirmou o petista.

Além de Camilo, fizeram parte da agenda com os prefeitos a vice-governadora Izolda Cela, o secretário da Casa Civil Chagas Vieira, o presidente da Assembleia Legislativa Evandro Leitão (PDT) e o secretário de Saúde do Estado, Carlos Roberto Martins Rodrigues, o Dr. Cabeto.

Aos prefeitos e prefeitas, o governador alertou que os “números estão aumentando não apenas em Fortaleza, mas também no Interior, por isso a única forma que a gente tem de reduzir a contaminação e a propagação desse vírus é através das medidas de isolamento social”.

Camilo acrescentou: “É reduzindo o fluxo e cumprindo a obrigatoriedade do uso da máscara, utilizando barreiras sanitárias em todos os municípios”.

Presidente da Associação de Municípios do Ceará (Aprece), o prefeito de Chorozinho, Júnior Castro, assinalou que o Governo instou os gestores a “fazerem mobilização nos seus municípios, para que o decreto seja cumprido, e também para que os prefeitos se preparem, porque a cada dia aumenta o número de casos”.

“Camilo pediu empenho. O objetivo principal é diminuir a circulação das pessoas para reduzir a circulação do vírus. Foi mais um apelo. E, se for preciso, fazer barreira sanitária nas cidades”, declarou.

A respeito do toque de recolher, porém, Castro admitiu dificuldades, já que a ação requer suporte da Polícia Militar. “Os municípios pedem a colaboração no que diz respeito a fazer valer o decreto porque precisam do apoio da PM. O Governo disse que o comandante terá reunião para reforçar parceria com municípios”, informou.

“Não temos poder de polícia”, prosseguiu o prefeito, “por mais que coloque funcionários nas ruas, principalmente o toque de recolher. As pessoas já vêm de muito tempo com essas restrições e muitas desacreditam, por desinformação ou má vontade”.

Parte do decreto em vigor, o recolhimento compulsório foi adotado a partir dessa quinta-feira. A restrição tem validade das 22 horas até as 5 horas, estendendo-se também ao dia 28/2.

A resposta é uma forma que o Estado encontrou de endurecer no combate contra a pandemia, mas sem sacrificar o setor produtivo cearense, que ainda amarga perdas causadas pela enfermidade.

“Vamos ter muito trabalho. O principal mesmo é convencer as pessoas a permanecerem em casa, aos finais de semana, quando saem para se divertir”, reconheceu Júnior Castro.

Com informações portal O Povo Online

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