Ontem (10/02) completou dois meses da deflagração da Operação Salus em Altaneira que culminou com a prisão preventiva de 13 pessoas, sendo dois secretários municipais (Finanças e Saúde), um ex-secretário de Saúde, dois empresários, servidores e assessores do prefeito municipal Dariomar Rodrigues (PT), afastamento de outros servidores de funções e bloqueio de bens dos investigados. Ao todo foram 113 mandados de busca e apreensão.
A Operação Salus foi conduzida pelo Núcleo de Repressão à Lavagem de Dinheiro e combate à corrupção (NRLD) da Polícia Civil que tem por objetivo esclarecer as circunstâncias em que se verificaram os ilícitos penais como Lavagem de Dinheiro, Peculato, Associação Criminosa e Fraude à Licitações em Concurso Material de Crimes.
Nos últimos 30 dias o prefeito Dariomar Soares (PT) não se manifestou sobre a Operação, a única manifestação do prefeito se deu ao anunciar nas redes sociais, no mesmo dia da operação os novos titulares das secretarias municipais de Administração e Finanças e Saúde, dizendo apenas que estava surpreso com a operação e disse acreditar ser “perseguição política” para prejudica-lo.
Poucos dias depois, com a liberação dos autos para consulta pública, restou provado que o prefeito Dariomar, mais uma vez, faltou com a verdade, pois a investigação não tem nenhuma relação com a política local e o alvo principal da operação era a secretaria municipal de Saúde e não empresas de outras cidades como afirmou em sua declaração no Instagram e em entrevistas.
O vereador Ariovaldo Soares (PDT) ainda tentou que a Câmara Municipal acompanhasse a investigação, mas requerimentos de sua autoria nesse sentido, foi rejeitado pela maioria petista na Casa.
Decorridos 60 dias da Operação os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) pediu o relaxamento das prisões de todos os presos na operação e a devolução do Inquérito ao Delegado para que analise a participação do prefeito no caso.
“Da leitura atenta do relatório do competente Delegado que está à frente das investigações, constata-se que há grande probabilidade de que o prefeito de Altaneira possa estar envolvido com os crimes em alusão”, diz o Parecer dos promotores.
Se o Delegado decidir pelo indiciamento do prefeito o processo será remetido para o Tribunal de Justiça, uma vez que o prefeito tem foro privilegiado.
Ontem
(10/02) os juízes decidiram pela liberação dos presos que serão monitorados por
tornozeleira eletrônica e deverão cumprir outras medidas cautelares, dentre elas exercer função pública e manter contatos com outros investigados e testemunhas.
A notícia do parecer favorável do Ministério Público foi comemorada por alguns vereadores na Sessão de ontem da Câmara Municipal de Altaneira.
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