Presidente chegou a chamou CoronaVac de "vacina chinesa do João Doria" (Foto: Sérgio Lima) |
O presidente Jair Bolsonaro falou ontem (18/01) pela manhã a apoiadores sobre a aprovação de uso emergencial por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de duas vacinas contra a covid-19.
"Apesar da vacina... Apesar não, né? A Anvisa aprovou, não tem o que discutir mais. Agora, havendo disponibilidade no mercado, a gente vai comprar e vai atrás de contratos que fizemos, que era para ter chegado vacina aqui. Então, está liberada a aplicação no Brasil. A vacina é do Brasil. Não é de nenhum governador, não. É do Brasil", afirmou.
O presidente ainda não havia falado no assunto desde a aprovação da CoronaVac, da farmacêutica chinesa Sinovac que, no Brasil, é produzida em parceria com o Instituto Butantan, e da vacina de Oxford/Astrazeneca, produzida no Brasil em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Apesar de dizer que a vacina não é de nenhum governador, o próprio presidente já havia chamado a CoronaVac de "vacina chinesa de João Doria", tendo criticado o imunizante ao longo de toda a pandemia do novo coronavírus.
Bolsonaro chegou a dizer que não iria adquirir o imunizante em dezembro do ano passado, quando o ministro Eduardo Pazuello anunciou a aquisição de 46 milhões de doses.
Após a aprovação do uso da CoronaVac, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), iniciou a aplicação do imunizante no estado já no domingo, sendo bem sucedido. A situação foi uma grande derrota ao presidente Jair Bolsonaro, visto que Doria é seu adversário político e a imunização começou antes mesmo de uma ação por parte do governo federal. Agora, o governo quer desgastar a imagem do tucano para evitar maior capitalização política sobre o imunizante.
Ao todo, são 6 milhões de doses, sendo que 1,4 milhão ficaram em SP; e 4,6 milhões estão sendo distribuídas aos outros estados e ao Distrito Federal.
Sobre as rusgas entre os dois, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou hoje que é “tudo politicagem”. Ele não quis entrar em maiores detalhes sobre o assunto.
“Eu não vou entrar nesse detalhe. Isso aí tudo é politicagem. Eu não entro na politicagem. O meu caso aqui, você sabe que eu lido com as coisas de forma objetiva. Isso aí eu deixo de lado”, disse esta manhã a jornalistas no Palácio do Planalto.
O general ressaltou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez um "excelente" trabalho ao aprovar o uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford.
Com
informações portal Correio Braziliense
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